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UPA de Copacabana funciona de forma precária

21/03/2018

O CREMERJ esteve nesta quarta-feira, 21, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana para apurar denúncias enviadas ao Conselho. Foi constatado que faltam medicações básicas, como dipirona e paracetamol. Monitores cardíacos, aparelhos de ventilação artificial, laringoscópios, aparelhos de pressão, termômetros e oxímetros funcionam de forma precária.  A UPA está sem serviço de laboratório. Os exames são coletados e encaminhados para outro local, o que dificulta o diagnóstico rápido. 

O presidente do CRM, Nelson Nahon, participou da visita e ouviu relato de funcionários, inclusive de que os pacientes não têm recebido alimentação adequada. Por conta da falta de estrutura para atendimento, os médicos disseram que, constantemente, são vítimas de agressão de familiares de pacientes.

Os profissionais contaram que não receberam o 13º salário de 2016 e 2017 e que, há dois anos, os pagamentos mensais não têm data certa para acontecer. O salário do mês de fevereiro ainda não foi pago e não há previsão de quando ele será depositado.

De acordo com os médicos, há dois anos o governo do Estado atrasa os repasses para a Organização Social (OS) que administra a unidade e não faz o pagamento do valor integral. Esses seriam os motivos dos problemas encontrados. Os médicos entraram em contato com o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ) e uma assembleia será realizada nos próximos dias para discutir a situação. Caso as condições de trabalho e de atendimento não melhorem, os médicos informaram que pretendem entrar em greve.

“Vamos encaminhar as denúncias para a Comissão de Saúde Pública do Conselho e avaliar o encaminhamento que daremos a este problema. Temos recebido muitas denúncias a respeito desta OS e não podemos permitir que o atendimento à população seja prejudicado e que os colegas trabalhem em condições totalmente inadequadas”, adiantou o presidente do CRM.

No dia 9 de março, Nelson Nahon e o diretor do CRM Gil Simões fiscalizaram as UPAs da Tijuca e de Jacarepaguá, que são administradas pela mesma OS. Os problemas encontrados nas duas unidades eram semelhantes aos de Copacabana.