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CRM e Defensoria debatem problemas da cardiologia pediátrica

02/05/2017

Membros do Comitê de Monitoramento dos Serviços de Cirurgia Cardíaca Pediátrica do CREMERJ, os diretores Gil Simões e Erika Reis se reuniram, nessa quinta-feira, 27, com o defensor público federal Daniel Macedo e a defensora pública do Estado Thaísa Guerreiro para um debate sobre os rumos da cirurgia cardíaca pediátrica do Rio de Janeiro.

Também estiveram presentes a presidente da Soperj, Isabel Rey Madeira, e representantes do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, do Hospital Perinatal de Laranjeiras, do Hospital Municipal Jesus e do Instituto Nacional de Cardiologia (INC).

Thaísa Guerreiro afirmou que o objetivo do encontro é definir, junto ao CRM e aos principais prestadores de serviço da área cardiológica, o que é necessário para equacionar os fluxos de atendimento do serviço. “A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) recebeu um documento do CREMERJ e da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), pontuando as deficiências da cardiologia pediátrica. O aumento no volume de crianças que demanda atenção é enorme e, quando isso acontece, acende um alerta de que se trata de uma situação coletiva. Por isso, solicitamos essa reunião e queremos buscar uma solução”, disse Thaísa.

Daniel Macedo também concordou com a busca de uma solução em conjunto com os médicos e garantiu que a ideia é resolver a questão extrajudicialmente. “Obtive a informação de que a intenção do Ministério da Saúde é estrangular os hospitais federais e os institutos, por meio de retiradas de orçamento, demora no repasse de verbas, falta de concurso público periódico, ausência de renovação dos contratos via Núcleo Estadual do Rio de Janeiro (Nerj). Assim, é óbvio que as filas cirúrgicas aumentam. Não é justo economizar na Saúde”, acrescentou o defensor.

Já o diretor do CRM Gil Simões destacou que houve uma redução de 30% nos procedimentos realizados no Instituto Nacional de Cardiologia, inclusive de cirurgias cardíacas pediátricas. “É inadmissível uma redução desse tamanho nessa cidade. Isso não pode vir de quem é responsável por administrar e oferecer esses serviços, que é o Ministério da Saúde. Temos que denunciar esse problema e buscar uma solução urgente”, alertou.

As sugestões encaminhadas pelo CREMERJ à Defensoria Pública Federal e Estadual foram: equipar os hospitais com insumos e recursos humanos para resolução das cardiopatias congênitas complexas; dar seguimento a parcerias público privado (com a Perinatal como complemento); organizar centros em hospitais públicos para resolução de cardiopatias simples; dar atendimento às complicações de cardiopatas; criação de ambulatórios especializados, assim como centros de reabilitação para acompanhamento desses pacientes, além de obtenção de centros indicados pela regulação para realização de exames especializados e promoção de atendimento às famílias nesses ambulatórios.

Por fim, ficou acordado que, após receber a ata completa da reunião, os participantes contribuirão com mais sugestões e possíveis soluções. Um novo encontro será realizado em dois meses para reavaliar as questões apresentadas.