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Ministério pede ajuda do CFM para combater a sífilis congênita

21/10/2016


O Ministério da Saúde pediu o apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) para combater a sífilis congênita no Brasil. A autarquia acompanhou nessa quinta-feira (20), em Brasília, do lançamento da agenda de ações estratégicas para a redução desse problema. O documento contempla as seis medidas preconizadas pelo CFM, divulgadas no início do mês em nota à sociedade. 

O CFM, juntamente com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Federaçao Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia (Febrasgo), recomendou a adoção urgente de medidas que visem a prevenção e o controle dos casos detectados. Entre as necessidades apontadas constavam: a ampliação do acesso das gestantes a programas de pré-natal, com acompanhamento de médicos para o diagnóstico e a prescrição de tratamento; a formação de equipes multidisciplinares para assegurar cuidado integral à gestante e dar seguimento ao plano terapêutico para cada situação; e a oferta de quantidades suficientes de penicilina benzatina para tratar gestantes e seus parceiros e de penicilina cristalina para crianças com sífilis congênita.  

Para 2º secretário do CFM, Sidnei Ferreira, coordenador da Câmara Técnica de Pediatria do CFM, a adoção dessas medidas pode trazer benefícios importantes para a redução da incidência dos casos. “Juntos, governo, médicos e sociedade devem enfrentar esse quadro sombrio. Não tratar o tema com a prioridade devida é negligenciar responsabilidades constitucionais e, principalmente, abandonar uma parcela significativa da população em momentos únicos e delicados, como a gestação e o nascimento”, afirmou.
 
Epidemia - As infecções provocadas pela sífilis avançam no Brasil em um ritmo sem precedentes. A taxa entre gestantes aumentou de 3,7 para 11,2 a cada 1 mil nascidos vivos, entre 2010 e 2015. Pelos cálculos atribuídos ao Ministério da Saúde, o aumento está em torno de 202%.
 
No caso da sífilis congênita, a situação é igualmente preocupante. As taxas foram de 2,4 para 6,5 casos para cada 1 mil nascidos vivos no mesmo período. No ano passado, o País registrou em torno de 40 mil casos de sífilis congênita. As mortes provocadas pela doença também cresceram de forma expressiva, sobretudo no último ano. No País, a taxa de mortalidade é de 7,4 casos para cada 100 mil nascidos vivos.

Como parte do esforço para prevenir o aparecimento de casos de doenças sexualmente transmissíveis, esse ano o Conselho Federal de Medicina (CFM) já havia recomendado aos médicos que médicos brasileiros que se oferecessem aos pacientes, em consulta, a solicitação de testes sorológicos para HIV, sífilis, hepatites B e C. Os profissionais também foram orientados a oferecer informações sobre formas de prevenção ás infecções.

Matéria publicada no site do CFM em 21.10.2016.