Cristo Redentor é iluminado de verde pelo Dia do Médico
20/10/2016
Este ano, o Dia do Médico foi celebrado em um dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro: o Cristo Redentor. O monumento recebeu iluminação na cor verde, que historicamente simboliza a medicina. O CREMERJ fez uma homenagem à categoria, com uma missa celebrada pelo padre Omar Raposo, reitor do Cristo Redentor do Corcovado. O evento contou com a presença do corpo de conselheiros do CRM.
Além de valorizar os profissionais, o objetivo foi fazer um alerta para a importância de uma saúde digna para a população. Com a crise financeira, médicos de todo o Estado, principalmente os que atuam na saúde pública, têm trabalhado em condições precárias, no esforço de promover uma assistência médica de qualidade, mesmo com tantos desafios.
"O Cristo Redentor é um símbolo de grandiosidade e esperamos que essa celebração demonstre a importância dessa profissão para a saúde e o bem-estar de todos. Sabemos que o momento é difícil, mas, na medicina, a luta é diária. Nossa função é cuidar das pessoas, apesar dos percalços", discursou o presidente do Cremerj, Pablo Vazquez.
O presidente da Associação dos Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro (Amererj), João Felipe Zanconato, também reforçou que o dia 18 de outubro é uma forma de reconhecimento ao médico e que este ano a data é ainda mais importante, por conta de todos os problemas que a saúde pública e privada tem enfrentado.
“Apesar de todo esforço ainda somos, por vezes, apontados como responsáveis por problemas que não nos caberiam. Quando, na verdade, trabalhamos em condições precárias e fazemos verdadeiras mágicas para que a população tenha um atendimento digno e de qualidade. Por isso, a iniciativa de iluminar o Cristo de verde foi uma ótima ideia. Foi uma forma simbólica de agradecer a todos pela dedicação”, explicou Zanconato.
O ex-presidente da Academia Nacional de Medicina, Pietro Novellino, reforçou que o encontro das entidades médicas na celebração no Cristo Redentor demonstrou o interesse comum por uma medicina unida. Além disso, foi uma forma de todos demonstrarem reflexão pelo trabalho realizado ao próximo, almejando que seja cada vez mais humanizado.
“O médico não pode perder o empatia por conta dos avanços tecnológicos. Medicina sem compaixão não é medicina”, declarou.
Durante a missa, padre Omar declarou que celebrar o dia dos profissionais que prestam cuidados à vida é uma forma de agradecimento por toda a dedicação da categoria. “Essa homenagem é muito relevante, tanto para este santuário como para todos os médicos. Que esse momento sirva para encontrar inspiração no Redentor de braços abertos. Braços abertos ao próximo, ao futuro, às oportunidades, à formação permanente. É um local onde podemos almejar os momentos melhores que irão chegar”, declarou.
Na ocasião, representantes de diversas entidades médicas, sociedades de especialidade e associações de bairros e municípios marcaram presença, reforçando a importância da data e mostrando apoio às lutas por melhorias na área médica.