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Falta de médicos e superlotação na CER Leblon preocupam

23/09/2015

O CREMERJ constatou falta de recursos humanos e problemas de superlotação na Coordenação de Emergência Regional Professor Nova Monteiro (CER Leblon), anexa ao Hospital Municipal Miguel Couto, durante uma fiscalização na terça-feira, 8. Na vistoria, foi averiguada uma drástica redução no número de médicos da unidade, o que vem prejudicando a qualidade do atendimento à população.
 
Já os médicos que continuam trabalhando na CER vivem momentos de preocupação e de insegurança. A unidade, que antes era gerida pela Organização Social (OS) de Saúde Sociedade Beneficência Espanhola, passou a ser administrada no dia 29 de agosto pela OS Sociedade Paulista para Desenvolvimento da Medicina (SPDM) após vencer o processo licitatório. Em razão disso, os médicos, até o dia da fiscalização, não tinham renovado seus contratos de trabalho e não sabiam se eles continuariam recebendo a mesma remuneração.
 
“Com uma semana de nova gestão, os médicos nem foram procurados para uma conversa sobre a situação deles. É um descaso. O CREMERJ sempre defendeu e defende a realização de concursos públicos com salários dignos, condições adequadas de trabalho e plano de carreira para os médicos”, destacou o coordenador da Comissão de Fiscalização do CREMERJ, Gil Simões.
 
Quanto à superlotação, a vistoria identificou que é grande a dificuldade de transferência dos pacientes para outras unidades. Por conta disso, as pessoas ficam internadas por um longo período, obstruindo os leitos que deveriam ser usados pelos pacientes que dão entrada na emergência. Eles, então, acabam sendo internados em leitos extras das salas de observação, de sutura ou em macas dos consultórios médicos.
 
“O objetivo da criação da CER foi desafogar a emergência do Miguel Couto. Não era para esta unidade ter problemas de superlotação. Tem que existir uma estratégia para garantir porta de saída para os pacientes internados”, afirmou Gil Simões.
 
A fiscalização também constatou dificuldades para a realização de exames complementares. Há relatos de pacientes que tiveram que esperar cinco dias para fazer uma tomografia computadorizada.  Além disso, é difícil passar pela avaliação de um médico especialista, devido ao número reduzido de recursos humanos.
 
O CREMERJ direcionou o caso para que seja acompanhado pela sua Comissão de Saúde Pública para, também, avaliar quais providências deverão ser tomadas.