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Fórum nacional debate as mudanças no ensino médico

16/09/2015

O VI Fórum Nacional de Ensino Médico, que reuniu mais de 200 pessoas, entre lideranças médicas, residentes, diretores e coordenadores de curso, professores, estudantes e gestores públicos de todo o país, nos dias 27 e 28 de agosto, assegurou aos participantes amplo debate sobre a abertura indiscriminada de novas vagas e cursos de medicina, a qualidade do ensino, o futuro da residência médica, os impactos da lei do Programa Mais Médicos, os investimentos em formação e as avaliações seriadas, entre outros assuntos.

Promovido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Educação Médica (Abem) e sediado pela Associação Médica de Brasília (AMBr), o evento levou, em seu primeiro dia, à discussão sobre a abertura de vagas e escolas médicas.

Ao abrir os trabalhos do fórum, o presidente do CFM, Carlos Vital, pediu “atitudes mais responsáveis na condução do ensino da medicina no país”. Apresentando aos participantes a "Radiografia das Escolas Médicas do Brasil", ele relembrou os números alarmantes de instituições que continuam a ser inauguradas sem atendimento às exigências mínimas estabelecidas em portarias dos ministérios da Educação e da Saúde (portarias 2/13 e 13/13). 

Além de Carlos Vital, compuseram a tribuna de honra da solenidade de abertura do VI Fórum Nacional de Ensino Médico o coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM, Lúcio Flávio Gonzaga, e os presidentes da Abem, Sigisfredo Brenelli; da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso; da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem),  Suelen Geisemara; da Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), Arthur Hirschfeld; e da Associação dos Estudantes de Medicina (Aemed), Vinícius Azevedo. 

Durante o evento, o CREMERJ esteve representado pelo seu presidente, Pablo Vazquez, pelos diretores Gil Simões e Marília de Abreu e pelos conselheiros Aloísio Tibiriçá e Sidnei Ferreira, este também segundo secretário do CFM.

"O Fórum de Ensino Médico é extremamente produtivo, porque nele encontramos profissionais que atuam em ambas as áreas, médica e de ensino, e de todo o país. Assim podemos trocar ideias e experiências, no intuito de construir políticas importantes e que sejam possíveis de se colocar em prática", destacou Pablo Vazquez.

O presidente e o tesoureiro da Associação de Médicos Residentes do Rio de Janeiro (Amererj), Diego Puccini e João Felipe Zanconato, também participaram do evento.

No primeiro dia do evento, representantes da Abem, da Associação dos Estudantes de Medicina do Brasil (Aemed), da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem) e do CFM debateram as implicações da lei 12.871/13, que instituiu o Programa Mais Médicos, na avaliação do ensino médico na graduação. A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), do Ministério da Saúde, foi convidada para integrar os debates, mas não compareceu.

Na ocasião, a conselheira do Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará Valéria Pinheiro, também diretora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (Famed/UFC), apresentou as principais recomendações que partiram dos fóruns estaduais e regionais de ensino médico, realizados este ano em julho e agosto, com o objetivo de capilarizar as discussões sobre o tema.

Já no segundo dia do evento, houve um amplo debate sobre as repercussões da lei nº 12.871/13 para a residência médica. Todos os palestrantes mostraram preocupação com a imposição da titulação em medicina geral de família e comunidade como pré-requisito para a participação da maioria das residências. 

Durante o fórum, o CFM lançou o site Radiografia das Escolas Médicas do Brasil (www.portal.cfm.org.br/escolasmedicas), uma plataforma com formato dinâmico que permite à sociedade e às autoridades conhecerem a estrutura e os diferentes aspectos que compõem o perfil dos cursos de medicina do país.