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Suporte para retaguarda do IAM é tema de reunião no CREMERJ

08/09/2015

Após o anúncio da retomada do programa Linha de Cuidados do Infarto Agudo do Miocárdio no início de agosto pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ), o CREMERJ promoveu uma reunião, nessa terça-feira, 1º, para discutir a porta de saída – transferência dos pacientes que sofreram infarto após a primeira assistência nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Além de membros do Conselho, o encontro contou com a presença de representantes da SES-RJ, da Secretaria Municipal de Saúde, da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), dos hospitais federais de Bonsucesso, dos Servidores, do Andaraí e da Lagoa, do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), dos hospitais universitários Clementino Fraga Filho (UFRJ), Antonio Pedro (UFF) e Pedro Ernesto (Uerj) e dos serviços conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) de hemodinâmica.
 
O diretor do CREMERJ Serafim Borges, que coordena o programa ao lado do cardiologista Antonio Ribeiro, explicou que foi identificada a necessidade de encontrar suporte para a retaguarda, ou seja, porta de saída para os pacientes diagnosticados com infarto agudo do miocárdio (IAM).
 
“É importante que esses pacientes tenham atendimento sequencial em um hospital de alta complexidade. Por isso, chamamos todos os representantes de hospitais que têm serviço de cardiologia com unidade coronariana ou hemodinâmica”, afirmou.
 
Ainda de acordo com Serafim Borges, o papel das UPAs é realizar o primeiro atendimento e, após isso, encaminhar para uma unidade de alta complexidade. “O paciente só deve permanecer nas UPAs no período máximo de 24 horas”, frisou.
 
Segundo Serafim Borges, o programa está em fase de montar o Núcleo de Consultoria em Cardiologia (NCC), que funcionará em local específico, independentemente da regulação. O setor será formado por cardiologistas, que estão sendo recrutados na rede, que darão orientações sobre o tratamento por meio de trombólise venosa às UPAs em casos de IAM, como primeiro atendimento e, em seguida, transferência para unidades de alta complexidade.
 
Para explicar a implementação da Linha de Cuidados e seus principais gargalos, o coordenador do projeto Antonio Ribeiro apresentou a fase inicial de estudos, a incidência de casos de IAM, áreas de cobertura de UPAs e hospitais de alta complexidade, proporções de óbitos nas internações por infarto, a dificuldade do fluxo dos pacientes – principalmente quando encaminhados para a regulação – e o escalonamento de treinamento e implantação nas UPAs.
 
De acordo com a apresentação, a prioridade do projeto foi definir o protocolo para a porta de entrada (UPAs), estabelecer laços com os hospitais de alta complexidade e promover reuniões e pactuações com os prestadores do serviço de cardiologia.
 
Já o vice-presidente da Socerj, Ricardo Mourilhe, relatou que a entidade elaborou, a pedido da SES, uma cartilha com orientações básicas para o tratamento do paciente com infarto. “Esse foi o primeiro instrumento para ajudar no melhor tratamento em casos de IAM. É um processo educativo bastante importante”, acrescentou.
 
A subsecretária de Unidades de Saúde da SES-RJ, Hellen Miyamoto, também ressaltou a importância da Linha de Cuidados no Estado. Além disso, informou que levará para o secretário de Saúde a necessidade de um suporte de retaguarda para as UPAs, quando atenderem casos de IAM.

O coordenador de cardiologia do município do Rio de Janeiro, Vinício Elia, falou sobre o trabalho já realizado na rede com 150 atendimentos resolutivos e mostrou a disponibilidade do município para uma ação integrada com as áreas estadual e federal.
 
Para o presidente do CREMERJ, Pablo Vazquez, a retomada do programa em agosto representou um avanço. “Agora, estamos em vias de como fazer para melhorá-lo e progredimos nesse debate. No início do ano, ficamos preocupados quando o projeto foi suspenso por falta de verbas. A reativação desse programa foi um importante passo”, disse.
 
Segundo Serafim Borges, a próxima reunião terá a participação dos cardiologistas recrutados para a formação do Núcleo de Consultoria em Cardiologia. “Vamos também continuar em contato com as unidades até conseguir suporte para a retaguarda. Todos nós chegamos a um consenso em relação à importância disso”, salientou.
 
O evento teve a participação dos conselheiros do CREMERJ Aloísio Tibiriçá, José Ramon Blanco – que preside a Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj) – e Sidnei Ferreira – que também é diretor do Conselho Federal de Medicina (CFM).