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Médicos protestam contra descaso de Pezão à saúde pública

10/07/2015

Médicos participaram de um ato público nessa quinta-feira, 9, em defesa da saúde e contra o sucateamento dos hospitais estaduais, em frente ao prédio da Secretaria de Estado de Saúde, no Centro do Rio. A manifestação, promovida pelo CREMERJ, pelo Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ) e pela Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj), chamou a atenção para o descaso do governador Luiz Fernando Pezão quanto à saúde.

Em sua fala, o presidente do CREMERJ, Pablo Vazquez, lembrou que, durante as últimas fiscalizações do Conselho, foram constatados problemas graves, como superlotação e falta de recursos humanos e de medicamentos, nos hospitais e nos instituto estaduais.

“Não é de hoje que estamos denunciando o caos que está a saúde pública e a situação só se agrava. Prestadores de serviço pararam de trabalhar devido a atrasos salariais, os hospitais estão superlotados e os médicos estão trabalhando em condições precárias. Programas estaduais importantes, como de infarto do miocárdio e de assistência ao trauma ortopédico no idoso, estão sofrendo prejuízos. A população, infelizmente, é a que mais sofre com tudo isso. Nós estamos reivindicando uma saúde de qualidade”, declarou Vazquez.

Segundo o presidente do CREMERJ, a falta de posicionamento do Estado em relação ao caos que está a saúde pública motivou o Conselho a entrar com uma representação contra o governador na Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para averiguar possíveis irregularidades em sua gestão.

O vice-presidente do CREMERJ, Nelson Nahon, questionou para onde está sendo direcionado o dinheiro do Estado destinado à saúde. “A fila de pacientes aguardando cirurgias está aumentando. Faltam insumos básicos, como luvas e gazes. Isso é um absurdo. Onde o governador Pezão põe o dinheiro da saúde? Isso precisa mudar. Quando estivemos no Carlos Chagas, havia mais de 60 pacientes internados no corredor, o que nos causou muita indignação”, afirmou.

Segundo uma médica do Hospital Estadual Carlos Chagas, a situação continua crítica. Ela ainda ressaltou que a diversidade de vínculos empregatícios na unidade traz transtornos. Além disso, ela reforçou que a população paga seus impostos, portanto merece um atendimento digno. “Por isso defendo a realização de concursos públicos e uma saúde pública para todos. O dinheiro é nosso e por isso os gestores devem fazê-la funcionar devidamente”, completou.

Para o presidente do Sinmed-RJ, Jorge Darze, o governador Pezão dá continuidade ao desmanche da saúde, que foi iniciada com o ex-governador Sérgio Cabral.

“O Pezão era vice do Cabral. O atual governador enviou um projeto de lei para a Assembleia Legislativa que autoriza a terceirização de toda a administração pública. Não aceitamos isso. Estamos aqui protestando contra essa crise. Queremos que o governo faça o que é de sua competência, que é gerir a saúde com qualidade”, afirmou.

Os conselheiros Gil Simões e Aloísio Tibiriçá, os diretores do Sinmed-RJ Sara Padron e Eraldo Bulhões, residentes do Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro (CPRJ) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e representantes da Associação dos Funcionários do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj) também participaram da manifestação.