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Fórum do CREMERJ discute cefaleias com repercussão ocular

12/11/2014

Cerca de 80 médicos participaram do Fórum da Câmara Técnica de Oftalmologia do CREMERJ, nesse sábado, 8, para discutir o tema “Dúvidas e Controvérsias: Cefaleias com Repercussão Ocular”. Representando a presidência do Conselho, a diretora Erika Reis, que é também responsável pelo programa de Educação Médica Continuada, abriu os trabalhos destacando o dinamismo e a criatividade da Câmara Técnica de Oftalmologia, que sempre formula fóruns com temas de grande interesse dos médicos. 

O responsável pela Câmara, Sérgio Fernandes, explicou que a cefaleia é uma das queixas mais frequentes dos pacientes e que nem sempre a causa é oftalmológica, podendo advir de dor temporomandibular, sinusite, herpes, entre outros problemas.

Partindo dessa premissa, segundo ele, surgiu a ideia de convidar colegas de várias especialidades para que cada um apresentasse, em sua área, quais as causas de cefaleias com repercussão ocular. “Trata-se de uma oportunidade única e pioneira. Na oftalmologia, realizamos encontros multidisciplinares e para este evento convidamos outros especialistas, sendo um cardiologista, um otorrinolaringologista, um dermatologista, um cirurgião crânio-maxilo-facial e um neurologista para abordar a questão”, destacou.

O presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), Marcus Safady, explicou quais são, conforme classificação da Sociedade Internacional de Cefaleias e da Organização Mundial de Saúde (OMS), as cefaleias que são realmente atribuídas a desordens oculares – e podem ser resolvidas pelo próprio oftalmologista –, e as que devem ser encaminhadas a outros especialistas. 

O cirurgião crânio-maxilo-facial, Edgar Costa, alertou que muitos pacientes que reclamam de dores faciais que recorrem sem sucesso a vários especialistas, como neurologistas, psiquiatras e odontologistas, têm muitas vezes apenas um problema de vício postural. O médico também explicou que, ao contrário do que afirma o senso comum, a articulação mandibular não é uma articulação. “Na verdade é uma pseudo-articulação”, afirmou.

O cardiologista Luiz Antonio Campos focalizou em que situações os problemas cardiovasculares podem deflagrar cefaleias com repercussão ocular. Segundo ele, a prevalência mundial de hipertensão atinge média acima de 32%, razão pela qual sugeriu que os oftalmologistas mensurem a pressão arterial dos seus pacientes.

O palestrante observou, no entanto, que a cefaleia pode ser tensional, pode estar relacionada com Acidente Vascular Encefálico (AVE), geralmente hemorrágico, e presente na encefalopatia hipertensiva.  Luiz Antonio Campos listou ainda fármacos com ação cardiovascular que podem causar cefaleia: nitratos, hidralazina, digoxina e sildenafil. 

A segunda parte do fórum – coordenada pelos ex-presidentes da SBO, Celso Marra e Carlos Fernando Ferreira – enfatizou dúvidas e controvérsias oftalmológicas. A formatação foi do tipo perguntas e respostas curtas e objetivas, com duração de cinco minutos. A Câmara Técnica pré-elaborou doze perguntas e convidou colegas especialistas para respondê-las. 

A mesa de abertura do Fórum foi integrada pela diretora do CREMERJ Erika Reis; pelo responsável da Câmara Técnica de Oftalmologia, Sérgio Fernandes; pelo presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), Marcus Safady; e pelo conselheiro Gilberto dos Passos.