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Projeto Cidade Amiga do Idoso é debatido em audiência pública

17/10/2014

O CREMERJ participou da audiência pública sobre o projeto Cidade Amiga do Idoso, nessa terça-feira, 14, na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Trata-se de uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) que tem como objetivo mobilizar as cidades do mundo para melhorar as condições de vida da população idosa. 

Na abertura, o presidente da Comissão Permanente do Idoso da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, vereador João Mendes de Jesus, ressaltou que o idoso tem que ser visto pela sociedade como solução e não como uma barreira que atrapalha a vida das pessoas. Em relação a questões estruturais da cidade, o parlamentar afirmou que o Rio de Janeiro tem conquistado vários avanços, "mas ainda deixa muito a desejar".
 
“Questões como atendimento médico do setor público, mobilidade nos transportes e nas calçadas ainda são um problema para os nossos idosos, que ainda precisam de espaços de integração social. Além disso, é preciso que nós, como agentes públicos, façamos com que programas do governo, a exemplo do Minha Casa, Minha Vida,  construam espaços de convivência, bem como postos de saúde e a implantação da Academia da Terceira Idade”, disse João Mendes.

O presidente do International Longevity Centre-Brazil, Alexandre Kalache, disse que ficou contente por estar na Câmara dos Vereadores falando sobre as políticas públicas para a saúde do idoso. Segundo ele, foram observados avanços da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro no sentido de estimular o exercício físico e cuidados nutricionais, mas ainda há desafios a serem vencidos, como transporte e segurança públicos.

“De qualquer maneira, foi uma experiência bem mais positiva do que quando estive pela primeira vez na Câmara dos Vereadores, levando o caixão do estudante Edson Luiz dos Santos, assassinado na época da Ditadura Militar”, lembrou.
 
Na visão do diretor do CREMERJ Pablo Vazquez, coordenador da Comissão de Saúde Pública do Conselho, existem alguns pontos essenciais que devem ser observados a fim de garantir a qualidade de vida dos idosos.
 
“O transporte de massa, por exemplo, é sofrível. Tanto para os trabalhadores como para os aposentados. Quanto à saúde, o envelhecimento da população tem sido muito mais rápido do que a capacitação de profissionais especializados na área”, afirmou Pablo Vazquez.

Já o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, destacou que o vínculo entre os idosos e os responsáveis pelos cuidados – como médicos, enfermeiros e cuidadores, entre outros –, o acompanhamento nas clínicas da família e o acesso são alguns dos aspectos fundamentais para a qualidade de vida dos idosos.

Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 20,6 milhões de idosos – número que representa 10,8% da população total. A expectativa é que, em 2060, o país tenha 58,4 milhões de pessoas idosas (26,7% do total). 
 
Participaram ainda da mesa da audiência o coordenador do Centro de Apoio Operacional nas Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e a Pessoa com Deficiência, promotor Luiz Cláudio Carvalho de Almeida; o assessor da Secretaria Especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida Helio Lemos Furtado; a professora Núbia Vergetti, representando a gerente do Departamento de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria Municipal de Educação, Maria Luiza Lixa de Mendonça; e a coordenadora do Programa Academia Carioca da Secretaria Municipal de Saúde, professora Junia Cardoso.