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CREMERJ e Defensoria Pública da União visitam HFB

19/09/2014

O CREMERJ e a Defensoria Pública da União (DPU) realizaram uma visita técnica no Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) nessa terça-feira, 16. A emergência, que funciona há quatro anos em um contêiner, foi o primeiro lugar a ser vistoriado pelos diretores do Conselho Gil Simões e Erika Reis e pelo defensor público federal Daniel Macedo. Com capacidade para 30 pacientes, havia 27 pessoas internadas.

Segundo colegas, a superlotação na emergência é frequente e, no dia anterior à visita, pacientes foram remanejados para outros serviços. Como a sala vermelha estava cheia, quatro pacientes graves, com indicação clínica cardiológica, estavam em macas em um corredor.

O CREMERJ e a defensoria foram ainda ao local onde as obras estão paralisadas. A antiga emergência tinha previsão de ser reinaugurada em 13 de fevereiro de 2013, mas não há sequer expectativa para o retorno das obras na unidade.

Também foi visitado o setor de transplantes renal e hepático que, após a intervenção da DPU, do CREMERJ e do Sinmed-RJ, foi reativado no ano passado. Segundo médicos do setor, de maio de 2013 a setembro de 2014 foram realizados 187 transplantes renais. O hepático, no entanto, não pode ser retomado por falta de equipes.

“A visita nesse setor me traz alegria por saber que participei da reativação do serviço de transplantes. Conseguimos reestruturar a equipe de transplante renal. Infelizmente, do hepático não foi possível e ainda tem muita coisa que precisa melhorar no HFB. Essa questão da emergência em um contêiner, por exemplo, é inadmissível”, disse Daniel Macedo.

De acordo com médicos, o serviço de transplantes vem sendo prejudicado pela lentidão da realização de exames e problemas no laboratório, como carência de insumos.

Na ala de pediatria, os diretores do CREMERJ e o defensor público constataram uma enfermaria completamente desativada. Segundo a direção, isso ocorreu por falta de recursos humanos, em especial de enfermagem.

“É uma situação bastante crítica. Sabemos que há um déficit grande de leitos no Rio de Janeiro e chegamos aqui e nos deparamos com uma enfermaria pediátrica fechada. É um absurdo. Além disso, encontramos em uma enfermaria adaptada crianças internadas que deveriam estar em UTIs”, afirmou Simões.

Ainda na pediatria, colegas denunciaram que há déficit de plantonista nas segundas-feiras à noite, nas quintas durante o dia e nas sextas à noite. Não obstante, frequentemente, residentes assumem plantões sozinhos, o que é totalmente irregular. Além disso, serviços de especialidades pediátricas estão sendo fechadas para alocar médicos na enfermaria e emergência.