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Fiscalização solicitada pelo MPF desmente Ministério da Saúde

25/08/2014

O CREMERJ fiscalizou, nessa quinta-feira, 21, mais uma vez a emergência do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB) a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e constatou que a situação continua caótica, contrariando relatos da direção do hospital e do Ministério da Saúde. 
 
Em janeiro deste ano, o Conselho fez uma fiscalização na emergência do HFB, na qual constatou várias irregularidades. O relatório foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF), que acionou a direção da unidade. Como a direção afirmou, em resposta no dia 3 de abril de 2014 ao MPF, que já havia sanado todos os problemas apontados pelo CREMERJ, o MPF solicitou uma nova visita às instalações, a fim de verificar se as recomendações foram realmente realizadas. No entanto, esse não foi o cenário que o CREMERJ encontrou.
 
Nessa nova fiscalização, foi constatado pelo Conselho que a  emergência continua funcionando em um contêiner e que a superlotação é ainda um problema grave, conforme o CREMERJ já havia verificado em janeiro. Na unidade de suporte de emergência, por exemplo, com capacidade instalada para 30 pacientes, tinha 40 adultos.
 
Em relação ao tempo de permanência, tinha  um paciente internado desde o dia 7 de agosto em uma maca no corredor. Aliás, havia  várias macas espalhadas pelos corredores. Nas enfermarias, segundo denúncias, só há um banheiro: os pacientes são obrigados a fazer fila para tomar banho e fazer suas necessidades. A sala vermelha, com capacidade para apenas quatro pacientes, acaba comportando até seis pessoas. As condições sanitárias também são inadequadas na emergência.
 
O diretor do CREMERJ Gil Simões, que acompanhou a fiscalização, chamou a atenção para a precariedade das condições de trabalho, o que certamente acaba afetando o atendimento à população.
 
Ainda de acordo com Simões, até o momento, o Ministério da Saúde não promoveu uma medida efetiva para fixar os profissionais no hospital. Os atuais contratos temporários não oferecem garantias de fixação do médico no serviço.
 
O CREMERJ encaminhará o relatório dessa fiscalização ao Ministério Público Federal, para ações que julgar necessárias.