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CREMERJ participa de reunião com o corpo clínico do INC

11/08/2014

Durante encontro, médicos divulgam carta que será enviada ao ministro da Saúde, Arthur Chioro
 
O CREMERJ participou nessa quarta-feira, 6, de uma reunião com o corpo clínico do Instituto Nacional de Cardiologia (INC). Na ocasião, o vice-presidente do Conselho, Nelson Nahon, deu informes sobre as ações da entidade em prol do hospital. Segundo ele, o Conselho se posicionou informando que não havia médicos envolvidos nos episódios ocorridos em junho e informou que, na época, foi aberta uma sindicância.
 
Nahon reiterou que o CREMERJ atuou em defesa do INC e criticou a falta de posicionamento do Ministério da Saúde, que em nenhum momento manifestou apoio à unidade.
 
“Além disso, o Ministério da Saúde não possui orientação para os médicos que trabalham em emergências referenciadas se surgir um imprevisto. O CREMERJ, no entanto, está trabalhando pela elaboração de um parecer sobre o assunto, porque será importante para os médicos e para a população”, declarou Nahon.
 
A diretora do Conselho Erika Reis explicou que, por solicitação do corpo clínico do INC, a Câmara Técnica de Urgência e Emergência do CREMERJ está providenciando a criação de um parecer que oriente os médicos sobre como proceder em caso de emergência se atuarem em um hospital com emergência referenciada.
 
“O CREMERJ está comprometido em elaborar esse parecer, porque entende a necessidade disso. O nosso presidente, Sidnei Ferreira, também apresentou o tema ao Conselho Federal de Medicina (CFM), porque acreditamos que esse assunto deve ter uma proporção nacional”, afirmou.
 
O diretor do CREMERJ Serafim Borges, que é cardiologista, ressaltou a importância do INC para o Estado, devido ao seu desempenho no tratamento de doenças cardíacas de alta e média complexidade.
 
Membros do corpo clínico do INC falaram sobre o seu compromisso com a saúde pública, citando que a unidade supera 40 anos de fundação.
 
“Durante anos, desenvolvemos um bom trabalho, que, infelizmente, nunca foi reconhecido nem divulgado pelas autoridades. Estamos aqui porque somos um Sistema Único de Saúde que deu certo e parece que há pessoas que não ficam satisfeitas com isso. Temos um compromisso com os nossos pacientes, zelamos pelo bom atendimento. Mas uma fatalidade mereceu mais destaque do que tudo de melhor que temos realizado há anos com dedicação e amor à nossa profissão e aos nossos pacientes”, desabafou a coordenadora hospitalar do INC, Cíntia Magalhães.
 
Para o conselheiro do CREMERJ e membro do corpo clínico do INC Carlos Cleverson, a excelência do trabalho realizado no hospital é indiscutível. Além disso, ele se colocou à disposição para aumentar ainda mais a relação entre o Conselho e a unidade.
 
A presidente do corpo clínico do INC, Rosângela Motta, observou que o hospital enfrenta um momento difícil, mas que, graças à sua história e competência, a unidade tem condições de superar essa situação. Rosângela lembrou os números do INC, que, atualmente, possui mais de 150 mil prontuários ativos e 300 mil boletins de atendimento.
 
Devido ao constrangimento que os colegas do hospital têm enfrentado e à omissão do Ministério da Saúde com relação ao fato, o corpo clínico do INC elaborou uma carta, que foi protocolada no Departamento de Gestão Hospitalar Estadual do Rio de Janeiro (DGH), relatando a atual situação da unidade. O documento será enviado ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, cobrando uma solução para o caso que “culminou no indiciamento por crime doloso de dez funcionários do INC”, conforme diz um trecho do texto.
 
A assessora jurídica do CREMERJ Kátia Oliveira também esteve presente na reunião.