CREMERJ em Revista - Setembro 2020

CREMERJ em Revista • Setembro | 2020 13 dedicado, sem relação com operadoras ou grupos políticos, realmente, empenhados em ajudar todos os colegas. CR: Qual é a sua visão sobre a medicina, durante este período de pandemia, no estado? YS: Vejo alguns médicos desanimados, achando que podem ser prejudicados se lutarem por melhores condições de trabalho. Mas vocês têm a quem recorrer: o CREMERJ. Se houver algum problema, de ataque ou retaliação, o Conselho estará ao seu lado. Todo dia pensamos em novos projetos emedidas, sempre ouvindo o que o médico nos traz. O que ele está vivenciando no seu dia a dia e quais são suas dificuldades, para podermos ajudá-lo. Criamos um canal de denúncias, que auxiliou o trabalho do CREMERJ, no decorrer da pandemia do novo coronavírus. Temos direitos e deveres a cumprir, descritos no Código de Ética Médica. O médico é um profissional qualificado e, como tal, tem direito a ser remunerado de forma justa, de ter um ambiente de trabalho adequado e de ter sua autonomia e prerrogativas respeitadas. O Conselho é um órgão que pode ajudar a garantir isso para o médico. Já começamos a mudar o CREMERJ e queremos fazer muito mais em prol da categoria médica. Médico jovem CR: Como funcionou o trabalho em equipe no período de pandemia? YS: A intubação é algo natural do médico anestesista, por isso, eu já tinha uma boa experiência quando começou a pandemia e tive bons resultados. Infelizmente, não é a realidade de todos os colegas que se dispuseram a ajudar. O paciente com Covid é um paciente muito complicado. Se você induz esse paciente e não intuba muito rapidamente, ele evolui com hipoxemia e parada cardiorrespiratória em questão de segundos, tendo pouco tempo para o procedimento. Eu consegui ajudar alguns colegas, treinando, ensinando técnicas e usando os dispositivos que tínhamos disponíveis. CR: Por qual motivo decidiu trabalhar na linha de frente da Covid-19? YS: Trabalho no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), onde assumi um contrato temporário por seis meses, no CTI da Covid-19, porque senti a necessidade de ajudar. Meu treinamento em saúde foi todo na rede pública. Era a hora que eu tinha para dar o retorno para a sociedade e para o hospital que me formou. O Huap foi por muitos anos minha casa, pois é ligado à Universidade Federal Fluminense, onde me formei em medicina, em 2012. Eu sempre tive carinho pelo hospital e pelos colegas que lá atuam. A minha residência em anestesiologia foi no Hospital Municipal Miguel Couto, outro lugar que muito me ensinou. CR: Qual é a sua percepção sobre a atuação do CREMERJ? YS: Minha visão mudou totalmente depois que me tornei conselheiro, e, agora mais, na direção do Conselho. Antes eu achava que o CREMERJ era mais uma obrigação financeira e burocrática do médico, com pouco retorno. Atualmente, vivenciando o dia a dia de trabalho, vi que temos uma função importantíssima na defesa dos médicos e do exercício ético da medicina. O Conselho representa a todos, o CREMERJ somos todos nós, e sua atividade é importantíssima na defesa da medicina. Temos um grupo muito qualificado e O anestesiologista com sua filha Laura

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