CREMERJ em Revista - Ago/2020

8 CREMERJ em Revista • Agosto | 2020 Pesca submarina para aliviar o estresse Ortopedista concilia a prática médica com o esporte Uma atividade esportiva e de lazer pouco difundida é a pesca submarina, também chamada de pesca sub. O ortopedista Marcelo Erthal realiza a modalidade desde os 14 anos. Em entrevista ao CREMERJ em Revista , ele conta como que o esporte surgiu na sua vida. “Desde pequeno, frequentemente pes- cava commeu pai. Meu interesse pela pesca submarina veio desta época. Enquanto pes- cava, eu observava as pessoas que entravam no mar com um arpão para fazer a pesca submarina. E eu muito jovem, assim que pude, comecei a praticar também”, contou Erthal, que sempre gostou de atividades re- lacionadas ao mar, como o mergulho. A pesca submarina no Brasil é regula- mentada e para ser considerada uma prática esportiva precisa ser feita em apneia – mer- gulho apenas com a força do pulmão –, para que o praticante cace o peixe com o arpão. A prática da modalidade exige a realização de exercícios complementares, já que, sem esse preparo, o tempo de apneia diminui. E isso atrapalha a performance da pesca submarina de alto nível. Ele, por exemplo, pratica natação e corrida na praia. Além do preparo físico, Erthal explica que é necessário ter concentração e usar alguns equipamentos. “Algumas doenças são impe- ditivas para essa prática, como epilepsia ou algum tipo de lesão no ouvido. A atividade também requer uso de equipamento espe- cial, como roupas de neoprene e cinturão de peso”, explicou ele, que ainda acrescen- tou que o tempo de imersão na água varia dependendo da aptidão física de cada um e da profundidade em que o mergulho é rea- lizado. Os tempos variam de 30 segundos a três minutos ou mais. A pesca submarina tem como regra o acompanhamento de dois ou mais partici- pantes e a modalidade é repleta de desafios. “Um deles é que a atividade exige que o pra- ticante conheça o local que tenha peixe, pois é preciso ficar parado para que o animal se aproxime e chegue ao seu alcance de tiro, e, assim, seja possível capturá-lo”, descreveu. O Nordeste está entre os locais preferidos do médico para realizar o esporte no Brasil. No Rio de Janeiro, as áreas escolhidas são as ilhas da costa, como Cagarras, Redonda e Tijucas. As praias de Niterói – Itacoatiara, Itaipu e Itaipuaçu – também estão entre as opções de Erthal. “Ultimamente, não tenho conseguido realizar meu esporte, mas antes era sagrado dedicar o meu final de semana. Devido à rotina agitada e com dois filhos pequenos, ficou mais difícil pegar um barco para fazer os mergulhos. E a situação piorou com a chegada da pandemia do novo coro- navírus. Pretendo retomar o esporte assim que possível”, disse. Para o ortopedista, ter um hobby é fun- damental. “A medicina é uma atividade muito estressante, que exige muita dedica- ção e atenção. É fundamental que o colega médico tenha um esporte para poder rela- xar e fugir dessa rotina pesada. Realmente, precisamos de uma atividade para espaire- cer. Encontrei na pesca submariana a minha válvula de escape”, afirmou. Além da Medicina

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