CREMERJ em Revista - Ago/2020

14 CREMERJ em Revista • Agosto | 2020 Histórias não contadas A telemedicina surgiu bem antes do que imaginamos... Você pode até achar que isto não aconteceu, que é história da carochinha. Mas, a realidade é outra. Por causa das pragas que devastavam a Europa, na Idade Média, o médico de um povoado se isolou numa margem de um rio europeu (a vila ficava do outro lado) e deixou um aju- dante com as pessoas residentes. Ele lhe passava as manifestações e a evolução da doença que atacou o povoado. Com estas informações e seus entendimentos e estudos, o doutor mandava para seu ajudante os caminhos a serem tomados. Devia ser aos berros, para que um pudesse ouvir o outro. Ou então, uma canoa com cordas de ponta a ponta, para ir de um lado ao outro e vice-versa, com instruções escritas. A evolução da telemedicina Já no século XIX, com a criação do telégrafo, laudos de exames radiológicos foram transmitidos entre lugares distantes, possibilitando a interação, até de médicos em países diferentes. Porém, outro indício forte deste começo da “medicina à distância” foi em 1910, quando o engenheiro eletrônico britânico Sidney George Brown inventou o estetoscópio eletrônico, que era capaz de transmitir sinais por cerca de 50 milhas. Na 2ª Guerra Mundial, o radiotransmissor foi decisivo para salvar vidas de vários soldados. Muitos médicos que estavam no front da batalha, quando tinham alguma dúvida, consultavam seus superiores para quaisquer situações de risco de morte. Ou até de amputação de membros.

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