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8 CREMERJ em Revista • Fevereiro | 2020 Crise hídrica no estado Desde a primeira semana do ano, o Rio de Janeiro vive uma crise no abastecimento de água. Moradores de pelo menos 86 bairros da capital e seis cidades da Baixada Fluminense passaram a re- ceber em suas casas uma água turva, com gosto ruim e cheiro desagradável. A si- tuação levantou o debate sobre a qualidade da água distribuída em todo o esta- do e as doenças que a popu- lação está exposta devido à falta de saneamento básico. A Companhia Estadual Saúde pública Qualidade da água no Rio e na Baixada Fluminense é comprometida de Águas e Esgotos (Cedae) atribuiu o problema a uma substância chamada geos- mina, que é produzida por algas. Especialistas em saú- de pública dizem que não há estudos que comprovem que ela não faça mal ao ser humano. Mas o engenhei- ro sanitarista e professor do departamento de Enge- nharia Sanitária e do Meio Ambiente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Adacto Ottoni, em en- trevista ao jornal O Globo, afirmou que a presença da geosmina indica a existên- cia de outros componentes tóxicos na água. A origem destes elemen- tos estaria na presença de esgoto na água que chega à Estação de Tratamento Guandu, responsável pelo abastecimento de 9 milhões de pessoas no Rio e em ou- tras sete cidades da Região Metropolitana. Os municí- pios da Baixada Fluminense que cortam o Rio Guandu e seus afluentes não possuem tratamento de esgoto e des- pejam no rio todo o resíduo

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