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4 CREMERJ em Revista • Janeiro | 2020 No radar Hábito de brasileiro Exagero no sal, alto índice de anemia e diabetes melli- tus entre adultos e elevado uso de medicamentos para hipertensão arterial. Essas são algumas conclusões da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), conduzida pelo Mi- nistério da Saúde em parce- ria coma Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Realizado em 2013 e 2014, o levanta- mento reuniu informações em âmbito nacional sobre a situação de saúde, os es- tilos de vida da população e a atenção à saúde. Seus dados foram divulgados em novembro de 2019. Segundo a pesquisa, os brasileiros consomem, em média, 9,34 gramas de sal por dia — quase o dobro do recomendado pela Orga- nização Mundial de Saúde (OMS), que é de 5 gramas. Os dados apontam que pra- ticamente três quartos dos brasileiros têm consumo alto de sal. A ingestão muito elevada foi mais frequente em homens (15,7%) do que em mulheres (10,8%). Ape- sar disso, a pesquisa indica que a população brasileira, em todas as faixas etárias e níveis de escolaridade, con- some o elemento de forma elevada e generalizada. “A redução no consumo de sal é considerada, hoje, um dos caminhos mais efi- cazes e mais baratos para diminuir o número de mor- tes por doenças crônicas não transmissíveis, sobre- tudo por tornar possível a diminuição da pressão ar- terial média da população. A redução do sal na alimen- tação tem potencial para diminuir uma grande fração de mortes prematuras e au- mentar, consideravelmente, a expectativa de vida saudá- vel na população brasileira”, resumiu a pesquisadora Cé- lia Landmann Szwarcwald, coordenadora da PNS 2013 e integrante do Laboratório de Informação e Saúde (LIS), do Instituto de Comunica- ção e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz. O levantamento também mostrou a prevalência de anemia entre adultos e ido- sos no Brasil (9,86%). O pre- domínio foi entre mulheres e nas pessoas com mais de 30 anos, alcançando entre 14,2 e 22,6% acima de 60 anos. A anemia moderada a grave foi verificada entre mulheres (12,2%), idosos (24,3%), pessoas de baixa escolaridade (11,9%), pes- soas negras (17,1%) e das regiões Norte e Nordeste. Entre as mulheres, são as mais jovens que apresen- tam maior prevalência. “Em relação à população idosa, as maiores prevalên- cias de anemia nas camadas de menor nível socioeco- Pesquisa, que analisa saúde da população, sinaliza para consumo excessivo de sal

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