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CREMERJ em Revista • Janeiro | 2020 13 tudo isto, a admiração de seu aluno, Conan Doyle, era compreensível. Já o Doutor Watson era a encarnação de seu perso- nagem e seu álter ego. Era o próprio Conan Doyle, que se colocava, nos contos, como seu maior amigo e assessor para quase tudo na vida do detetive. E incentivado por seu mentor aumentava sua capacidade de análise dos fatos e das pessoas. A rela- ção tão estreita entre o cria- dor e a criatura conseguia determinar um raciocínio ao gosto de Holmes, sem- pre parabenizado pelo de- tetive. E a frase mais famo- sa surgia. “Elementar, meu caro Watson”. Exatamente como de um tutor para um aprendiz. As coincidências entre Sherlock Holmes e Dr. Jo- seph Bell eram muitas. Seu jeito enérgico de caminhar, o nariz e o queixo angulares, a testa alta e o brilho astuto dos olhos. Mas, há correntes que dizem o contrário. Muitos afirmam que a inspiração de Doyle foi o inspetor in- glês Jonathan Whicher. Era investigador da agência in- glesa Scotland Yard , no sé- culo XIX, na era vitoriana. Conhecido como “o prínci- pe dos detetives”, solucio- nou vários casos complica- dos. Detetives comuns não conseguiam desvendar. E agora fica a eterna dúvida. O Sherlock Holmes, criado por Conan Doyle, era seu mestre em Medicina, Jo- seph Bell ou o intrépido, A seguir, dicas sobre saúde financeira DETETIVE WHICHER SIR CONAN DOYLE inteligente e sagaz detetive Whicher? Porém, uma coisa era certa e continua até hoje, entre os dois lados da dis- cussão: Doutor Watson era o autorretrato de seu cria- dor, o médico e escritor, Sir Conan Doyle!

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