CREMERJemRevista-Dez19

CREMERJ em Revista • Dezembro | 2019 13 de Janeiro que só teve dois chefes. Essa é uma das várias diferenças que nos destaca”, declarou. Com satisfação, ele con- tou sobre a rotina do setor, que também é herança de Nova Monteiro. Foi ele que a desenvolveu logo no início e, até hoje, é seguida à risca. Todos os dias, a equipe chega às 7h30, revisa exa- mes, faz sessões clínicas e analisa casos de internação e operação. Só depois segue para sua área de atuação. O compromisso é tanto que, segundo Ney, até mesmo os médicos que não estão esca- lados para cirurgias vão ao hospital. “Para mim, o mais incrí- vel é que nós conseguimos manter essa prática habitual que o professor criou. Nosso ambiente de trabalho é mui- to bom e isso estimula para que todos dêem o seu me- lhor. Todos são participantes ativos”, pontuou. Um dos destaques do se- tor é a grande busca pelas vagas de residência. São inú- meros médicos que tentam se especializar em uma das melhores residências de or- topedia do país. A unidade oferece 14 vagas ao ano e, após os três anos de dura- ção, é possível fazer mais um ano de especialização. Cha- mado de R4, o quarto ano da residência é dedicado ao trauma ortopédico. Somen- te 11 unidades no Brasil ofe- recem esse campo. No Rio de Janeiro, é disponibilizado apenas no HMMC e no Ins- tituto Nacional de Trauma- tologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into). Esse interes- se também não passa longe dos ortopedistas já forma- dos. Muitos ex-residentes e médicos, que já atuaram no serviço, tentam retornar mo- tivados pelo bom ambiente de trabalho. Cerca de 95% do corpo clínico se formou na unidade. A alta procura não im- pressiona. Diariamente, o serviço presta 100 atendi- mentos de emergência, 60 atendimentos ambulatoriais e realiza em torno de 200 ci- rurgias por mês. Eles ainda contam com infraestrutura diferenciada. São oito salas cirúrgicas – o A seguir, Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do Brasil maior número de toda a uni- dade – e áreas para exames de radiografia e tomografia. Além da ressonância magné- tica, que é novidade e deve chegar até o final do ano. O prestígio do setor é tan- to que, dele, saem muitos presidentes de sociedades médicas brasileiras. Além da procura de intercambis- tas de países como França, Argentina e Israel, que vêm para estagiar. Seu reconheci- mento é de alcance interna- cional. Para o diretor geral do HMMC, Cristiano Chame, o segredo da qualificação do serviço está na tecnologia do setor. “Temos tudo que há de mais novo. A escolha dos re- sidentes do município mos- tra isso, somos sempre a preferência deles. A infraes- trutura é boa e isso estimu- la a vontade do médico de trabalhar. São pontos que se completam”, explicou.

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