CREMERJemRevista-Dez19

10 CREMERJ em Revista • Dezembro | 2019 delas é um ensaio clínico do Instituto Butantan, com resultados previstos para os próximos quatro anos”, dis- se Siqueira, que coordena o estudo no Rio de Janeiro. Para o pesquisador, é di- fícil prever qual das quatro doenças pode ser mais in- cidente neste verão, mas é fundamental o combate ao mosquito – o transmissor de todas. Além disso, outras doenças são comuns nes- ta estação, como infecções gastrointestinais e hepatite A, com sintomas que po- dem, muitas vezes, ser con- fundidos com os da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. “Na dengue, a dor é mais muscular e a doença é mais aguda e autolimitada. Em gestantes, a zika preocupa mais porque aumenta os riscos de transmissão para o feto. Já a chikungunya cos- tuma apresentar dor arti- cular bastante intensa, que pode permanecer por me- ses ou anos. Inclusive, pela Fiocruz, temos um estudo, financiado pelo Ministério da Saúde, com pacientes com chikungunya para ten- tar descobrir melhores for- mas de tratamento. É uma equipe multidisciplinar, com reumatologistas e fisiotera- peutas. Esperamos contri- buir para amenizar as se- quelas que a doença, muitas vezes, deixa”, concluiu. Dados O Ministério da Saúde acompanha, no país, a si- tuação epidemiológica da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Confira a seguir: De 30 de dezembro de 2018 a 24 de agosto de 2019, foram registrados 1.439.471 casos prováveis de dengue no país. No mesmo período no ano anterior, foram verificados 205.791, o que mostra um aumento de 599,5% no número de casos prováveis. A região Sudeste foi a que teve mais casos registrados em 2019: 999.178. Deste total, chamaram atenção 8.192 que tiveram dengue com sinais de alarme, 610 casos de dengue grave, 380 óbitos confirmados e 235 óbitos em in- vestigação. O Rio de Janeiro registrou 31.648 ocorrências em 2019. Dengue

RkJQdWJsaXNoZXIy NDE1MzA5