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CREMERJ em Revista • Novembro | 2019 11 Também é Roxo O dia 17 deste mês carrega mais uma res- ponsabilidade: o Dia Mundial da Prematuri- dade. A data motivou a criação do Novem- bro Roxo para atrair o foco para a causa. A cor foi escolhida por conta de dois significa- dos importantes: a sensibilidade e a trans- formação. O objetivo da campanha é cha- mar a atenção para a necessidade de reduzir a incidência de casos e diminuir os danos à saúde dos bebês, ocasionados em razão do parto antecipado. Qualquer nascimento que aconteça de- pois de 20 semanas de gestação e antes de 37 semanas completas é considerado pre- maturo. Quanto menor a idade gestacional, mais grave e complexo é o tratamento do recém-nascido na UTI neonatal, que exige, muitas vezes, uma estrutura que não é sim- ples de ser encontrada, principalmente na rede pública. O Brasil ocupa a 10ª posição no ranking mundial da prematuridade. Segundo o in- quérito nacional sobre partos e nascimen- tos, feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fio- cruz), a taxa de prematuridade é de 11% no país, quase duas vezes superior à observa- da nos países europeus. Gravidez na ado- lescência, ausência de cuidados pré-natais, tabagismo e desinformação estão entre os desencadeadores do parto prematuro no Brasil, de acordo com um levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Outro ponto que também deve ser desta- cado é a necessidade do suporte psicológico aos pais, durante o período de internação do bebê, já que a situação envolve fortes aspec- tos emocionais, além da importância de se promover campanhas de doação de leite ma- terno, que é fundamental para os prematuros. Atendimento remoto, não! Oprefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou, durante uma coletiva de imprensa, em 25 de outubro, que pretende implantar um projeto de atendimento médico remoto em clí- nicas que ficam em áreas violentas da cidade. Não foramdados detalhes, como umprazo para a implementação. Segundo a prefeitura do Rio, o serviço de telemedicina servirá para auxiliar o trabalho de técnicos, enfermeiros e outros pro- fissionais quando o médico não estiver ou não conseguir chegar até a unidade de saúde. O Exe- cutivo ainda alegou que, no período de 40 dias, ocorreram209 episódios de violência que fizeram com que as clínicas da família suspendessem a assistência. O CREMERJ se posicionou totalmente contrário àmedida, principalmente, porque, até o momento, a telemedicina não foi regulamentada nopaís, peloConselhoFederal deMedicina (CFM).

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