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CREMERJ em Revista • Outubro | 2019 21 A endoscopia é um exa- me que, por ser invasivo, pode haver certa dificul- dade na sua realização. É considerado por muitos pacientes como incomodo, mesmo. Mas, uma nova técnica desenvolvida em Israel promete acabar com o desconforto do procedi- mento. Eles criaram uma cápsula endoscópica fo- tográfica, que percorre o tubo digestivo e o intestino para observar lugares que outros exames não alcan- çam. A técnica já é usada por muitos laboratórios no Brasil. Com dimensões pouco maiores do que um compri- mido comum, a pílula pode ser engolida com água e não provoca nenhuma dor. Um receptor acoplado a um cinto fica encarregado de armazenar as imagens. No percurso, a cápsula vai tirando diversas fotos por segundo, e os registros en- viados por sinais de rádio ao receptor. Baseado nes- sas imagens, o diagnóstico será feito. O equipamento é descartável, sendo eli- minado naturalmente pelo organismo depois de 24 ho- ras. Este procedimento é indicado em algumas situ- ações, como casos de he- morragia gastrointestinal, diagnóstico e classificação da Doença de Crohn, ras- treio de pólipos do intes- tino delgado e no escla- recimento de alterações descritas em exames de imagem. Para muitas pes- soas que ficam incomo- dadas com a endoscopia normal, uma notícia não muito animadora. Esse método não substitui a endoscopia digestiva alta nem a colonoscopia, sen- do um procedimento com- plementar. Além de facilitar a reali- zação do exame de imagem, as cápsulas proporcionam segurança e mobilidade, por poderem ser aplica- das em ambulatório, em domicílio ou em pacientes internados, mesmo na UTI. Como somos adeptos às tecnologias modernas, te- mos que admitir que esta técnica é mais um avanço da medicina. O futuro tá aí Pílula endoscópica é alternativa para exames de imagem

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