CREMERJemRevista-Out19

20 CREMERJ em Revista • Outubro | 2019 Para tentar conter o cresci- mento da enfermidade em todas as faixas etárias, a SMS vem fazendo campa- nhas educativas, que serão intensificadas este mês, por conta da data nacional. Para o diretor do CRE- MERJ Flávio de Sá, as medi- das de conscientização são fundamentais: “A educação é um caminho muito impor- tante. É preciso criar lem- bretes, principalmente para atingir a população mais jovem. Na luta contra a sí- filis, precisamos ressaltar a importância dos check-ups regulares, da proteção indi- vidual e, no caso das gestan- tes, ainda ter um pré-natal bem-feito”, destacou. No município do Rio, o tratamento da sífilis é reali- zado no modelo de Estraté- gia de Saúde da Família, em unidades de Atenção Primá- ria (clínicas da família e cen- tros municipais de Saúde). Em casos de neurossífilis e no tratamento de pesso- as alérgicas à penicilina, as unidades de referência são o Hospital Universitário Gaf- frée e Guinle (gestantes alér- gicas à penicilina) e o Institu- to Estadual de Infectologia São Sebastião (neurossífilis). A doença A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum . Pode apresentar várias manifes- tações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária e terciária). O tratamento de escolha é a penicilina benzatina (benze- tacil). Em caso de gestantes, a terapêutica deve ser inicia- da o quanto antes. O medi- camento é o único capaz de prevenir a transmissão verti- cal – da mãe para o bebê. “Estamos falando de uma doença facilmente tratável, diagnosticável e controlá- vel. O avanço da sífilis é pre- ocupante e mostra a grande desassistência que, atual- mente, enfrentamos. É pre- ciso investir em saúde para a população”, disse Flávio de Sá, que ainda destacou a importância do tratamento o mais rápido possível para evitar a forma mais grave da doença. Primária Ferida, geralmente única, no local de entra- da da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uteri- no, ânus, boca, ou outros locais da pele), que apa- rece entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa le- são é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. Secundária Febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo podem surgir entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cica- trização da ferida inicial. Podem ocorrer manchas no corpo, que geralmen- te não coçam, incluindo palmas das mãos e plan- tas dos pés. Terciária Pode surgir de dois a 40 anos depois do iní- cio da infecção. Costuma apresentar sinais e sin- tomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neu- rológicas, podendo levar à morte. Fases e sintomas

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