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CREMERJ em Revista • Setembro | 2019 11 Setembro Amarelo Em 1994, o americano Mike Emme, fi- lho do casal Dale Emme e Darlene Emme, se suicidou com apenas 17 anos. Mike era conhecido por sua personalidade caridosa e por saber muito sobre mecânica. Sozinho, o garoto conseguiu restaurar um Mustang 68 e pintou o carro todo de amarelo. Porém, aqueles que conviviam com Mike não viram os sinais de angústia. No dia do funeral do jovem, uma cesta de cartões com fitas ama- relas presas a eles estava disponível para quem quisesse pegá-los. Os cartões e fitas foram feitos por amigos de Mike e possuíam uma mensagem: “Se você precisar, peça aju- da”. Em pouco tempo, os cartões se espa- lharam pelos Estados Unidos e começaram surgir mais e mais cartões com pedidos de ajuda. Um profes- sor de outro estado americano havia recebido um dos cartões de uma aluna, pedindo por ajuda. Resumindo a história: por conta da grande repercussão do caso, a fita amarela foi escolhida como símbolo do programa que incentiva aque- les que têm pensamentos suicidas a buscar ajuda. Em 2003 a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o dia 10 de setem- bro para ser o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio e o amarelo do Mustang de Mike é a cor escolhida para representar esta cam- panha. A campanha Setembro Amarelo teve início no Brasil em 2015 pelo Centro de Va- lorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). As primeiras ativida- des da campanha aconteceram na capital do país, Brasília, e no ano seguinte outras regiões também aderiram ao movimento. O objetivo do Setembro Amarelo é reforçar a importância do diálogo, quebrando o tabu sobre o assunto e ajudando quem está mais vulnerável. O legado do Mustang amarelo Autor desconhecido

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