CREMERJemRevista-Jul19

CREMERJ em Revista • Julho | 2019 13 Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil registra, a cada ano, cerca de 40 mil novos casos de tumores malignos nas áreas da cabeça e do pescoço. Os números correspondem a 4% de todos os tipos de câncer, sendo o terceiro mais incidente entre os homens brasileiros. O diagnóstico tardio – o que ocorre em grande parte dos casos – é o que dificulta o tratamento. Para lembrar os perigos deste tipo de câncer, foi instituída a campanha Julho Verde como forma de conscientização. Os tumores de cabeça e pescoço são uma denominação genérica do câncer que se localiza em regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireoide e seios paranasais. “No Inca, nossa missão é promover a saúde da população brasileira com ações baseadas nos pilares da prevenção, ensino, pesquisa e assis- tência oncológica. Os principais fatores de risco para as doenças da ca- beça e pescoço são o tabagismo, o alcoolismo e a infecção pelo HPV. Neste sentido, o Inca, principalmente com a política de combate ao tabagismo, tem ob- tido excelentes resultados” , disse o diretor do CREMERJ Luiz Fernando Nunes. Os hospitais estaduais Adão Pereira Nunes – o Saracuruna –, em Duque de Caxias, e Alberto Torres, em São Gonça- lo, receberão um Centro de Atendimen- to ao Adolescente e à Criança Vítima de Violência (CAAC). As regiões foram esco- lhidas porque têm registrado um gran- de número de casos. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, em 2017, foram notificados 907 episódios – sendo a maioria em vítimas entre 15 e 19 anos –, em Caxias, e 218, em São Gonçalo. As unidades seguirão os moldes do equipamento público do município do Rio, que funciona no Hos- pital Municipal Souza Aguiar, no Centro, desde 2015. Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que cresceu, no país, o número de casos de câncer que estão em estágio avançado no momento em que são descobertos. Os dados, que foram apurados por conta de um processo que fiscaliza a Política Nacional para Prevenção e Controle do Câncer, mostram que 44% dos casos de câncer de mama que chegaram ao SUS, em 2017, já estavam nos estágios mais avança- dos. No caso de tireoide, foram 80%. Ainda conforme o documento, os diagnósticos mais graves, que somavam 50% em 2013, subiram para 53% em 2017. A demora nos exames é um dos problemas, já que, após o pedido médico, o tempo médio para que a mulher realize uma mamografia, por exem- plo, é de 63 dias. O resultado leva mais de 21 dias para ser entregue. Contra a violência Em estágio avançado Julho Verde

RkJQdWJsaXNoZXIy NDE1MzA5