Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 2 - número 3 - 2023

26 Acalasia: diagnóstico e terapêutica Gerson Domingues e Ana Tarasiuk Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.2, n.3, p.18-37, jul-set 2023 CLASSIFICAÇÃO DA ACALASIA EM SUBTIPOS Como dito anteriormente, o diagnóstico da acalasia se dá pelo relaxamento incom- pleto ou ausente do EEI. Atualmente sabe- mos que o corpo esofágico pode apresentar diferentes padrões motores classificando a doença em três subtipos (Figura 2): ƒ Subtipo I (acalasia clássica), ausência de pressurização distal > 30 mmHg em mais de 8 das 10 deglutições; ƒ Subtipo II, pressurização pan-esofági- ca > 30 mmHg em pelo menos 2 das 10 deglutições; ƒ Subtipo III (acalasia espástica), 2 ou mais contrações distais prematuras. Essa classificação foi criada com o ob- jetivo de diferenciar as características pa- togênicas e predizer a resposta à terapia de cada uma delas. Cada subtipo difere em prevalência e grau de dilatação esofágica. Algumas evi- dências observacionais atuais demonstram que pode haver mudanças nos subtipos da doença entre os pacientes. (2) Desta forma, comaMEAR, o diagnóstico de acalasia está estabelecido com a elevação da PIR, associada a alterações da peristalse. Figura 2 Padrões manométricos dos subtipos da acalasia. Tipo 1 - aperistalse do corpo; tipo II - pressurização pan- esofágica; tipo III - onda prematura no esôfago distal (LD < 4,5s).

RkJQdWJsaXNoZXIy ODA0MDU2