Publicação científica trimestral do CREMERJ - volume 2 - número 3 - 2023

10 Quinze anos de transplante cardíaco no estado do RJ em instituição pública Alexandre Siciliano Colafranceschi, Tereza Cristina Felippe Guimarães, Jacqueline Sampaio dos Santos Miranda Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.2, n.3, p.9-17, jul-set 2023 do número anual de pacientes submetidos ao transplante de coração também cresceu no estado do Rio de Janeiro desde 2008, e, em 2019, o estado do Rio de Janeiro realizou 23 transplantes cardíacos (6% do volume nacional), 22 dos quais (96%) no Instituto Nacional de Cardiologia (INC), conferindo ao estado a sétima posição nacional no ran- queamento relacionado ao volume absoluto de transplantes cardíacos e a décima posição relativa aos demais estados da Federação que realizaram transplante cardíaco no mesmo ano, quando o volume absoluto de transplantes cardíacos é indexado à popu- lação do estado: 1,3 transplantes cardíacos por milhão de população foram realizados no estado do Rio de Janeiro em 2019. (6) O INC é um Centro de Referência do Ministério da Saúde para a assistência de pacientes com doenças cardiovasculares que necessitemde intervenções de alta com- plexidade, para realização de treinamento, para condução de pesquisas estratégicas e para formulação de políticas de saúde. (7) Até o momento, o INC é o único hospital públi- co, com 100% de seu orçamento financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que realiza transplantes cardíacos em adultos e crianças no estado do Rio de Janeiro. (8) Os transplantes, em geral, e o trans- plante de coração, em particular, foram afetados pela pandemia da Covid-19 em todo o mundo (9,10) e o cenário não foi diferente no Brasil, (11) que também viu o número de captações de órgãos e tecidos e de trans- plantes reduzir. (12) As inativações da lista fármacos inotrópicos endovenosos e baixo consumo de oxigênio no pico do exercício com metabolismo anaeróbico. (1) Outras in- dicações absolutas incluem isquemia debi- litante grave não passível de cirurgia de re- vascularização do miocárdio ou intervenção coronária percutânea, bem como arritmias ventriculares sintomáticas recorrentes e refratárias a todas as outras terapias. (1,2) No Brasil, progressivamente, os centros de cirurgia cardíaca têm incorporado o transplante cardíaco como mais um pro- cedimento cirúrgico de alta complexidade prestado aos seus pacientes com insuficiên- cia cardíaca avançada desde o primeiro transplante realizado pelo Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, em 1968, no estado de São Paulo. (3) Até dezembro de 2007 foram realizados, em todo o Brasil, 1.777 transplantes cardía- cos, sendo que 52% desses transplantes foram realizados na Região Sudeste; 28% na Região Nordeste e 20% na Região Sul. (4) Nesse mesmo período, estima-se que apenas 18 pacientes foram transplantados no estado do Rio de Janeiro, em diversas Instituições, públicas e privadas, evidenciando a ausência de um Centro de Excelência em cuidados avançados para o tratamento de pacientes com Insuficiência Cardíaca no referido es- tado. (5) Desde 2008, o número anual de pa- cientes submetidos ao transplante cardíaco no Brasil cresceu, tendo seu pico em 2019, quando foram realizados 380 transplantes cardíacos no Brasil por 35 equipes cirúrgicas em 12 estados da Federação. (6) O crescimento

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