Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 4 - 2022

17 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.4, p.13-30, out-dez 2022 Lúpus Eritematoso Sistêmico: o que o clínico precisa saber Mirhelen Mendes de Abreu com doença potencialmente grave ainda é um risco. Modificação dos critérios de clas- sificação pode melhorar sua sensibilidade, permitindo diagnóstico precoce e trata- mento de mais pacientes com alta carga de doença. (10-13) Teste de FAN por imunofluorescência Critério de Classificação EULAR/ACR 2019 Teste de FAN positivo Critério EULAR/ ACR≥10 com no mínimo 1 critério clínico Lúpus classificado Critério EULAR/ACR<10 Escore imunológico = 0 + Escore clínico ≥ 8 + Fotossensibilidade (Critério ACR 1997) Escore imunológico ≥ 2 + Escore clínico ≥ 6 Lúpus clínico* Teste de FAN negativo Hipocomplementenemia e/ou Anticorpos antifosfolipídeos positivos Critério EULAR/ ACR≥10 com no mínimo 1 critério clínico Lúpus clínico* ou Figura 1 Abordagem diagnóstica para paciente com suspeita de lúpus eritematoso sistêmico (LES) e uso de critérios de classificação para auxiliar o diagnóstico clínico. (18) O diagnóstico de LES é clínico, apoiado por alterações laboratoriais, incluindo ensaios sorológicos. Os critérios de classificação não são feitos para o diagnóstico de lúpus. Entre os critérios de classificação, o EULAR/ACR-2019 tem a melhor combinação de sensibilidade e especificidade, mas requerem FAN positivo como critério de entrada. No entanto, para o diagnóstico, alguns pacientes podem ser negativos para FAN. Nesses casos, níveis séricos de complemento baixos e/ou anticorpos antifosfolipídeos positivos poderiam ser usados como critério de entrada alternativo no algoritmo de classificação. Para pacientes que estão ao limiar de classificação (ou seja, escore EULAR/ACR <10), a inclusão de fotossensibilidade (definida como nos critérios ACR-1997) ou uma combinação de características imunológicas e clínicas ainda podem ser utilizadas para o diagnóstico da doença. (13)

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