Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 4 - 2022

53 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.4, p.45-54, out-dez 2022 Mediólise Arterial Segmentar – revisão da literatura e relato de casos Pedro Guido Sartori et al. a maioria dos portadores da MAS não apresentam novos episódios, todavia o risco de novas lesões existe e as alterações observadas no primeiro momento devem ser monitoradas, havendo ou não necessi- dade de intervenção. Torna-se essencial, portanto, vigilância regular. O acompanhamento por imagem varia individualmente. Em geral, os pacientes tratados por TE têm um controle de ima- gem, geralmente ATC dentro de 30 dias, e anualmente após. Já os pacientes em acompanhamento vigiado devem ter exa- mes realizados se surgirem sintomas ou eletivamente após três meses do episódio agudo, e anualmente após. Pacientes com novos achados durante o acompanhamen- to são diagnosticados geralmente dentro dos primeiros dois anos. (10) Se for possível controle com ecoDoppler a cores (eDc) (TC, artérias mesentérica superior proximal, renais e ilíacas), acreditamos que este espaço de tempo possa ser diminuído no primeiro ano. (16,18-20) CONCLUSÕES A MAS é uma enfermidade com preva- lência subestimada, mas que tem seu diag- nóstico cada vezmais constatado por estudos de imagem. Seu maior risco existe na fase aguda, com importante mortalidade. Uma vez passada esta fase, até 80% apresentam curso benigno. O tratamento endovascular é seguro e aplicável de forma ampla. Todos os pacientes, tratados ou não, devem ter acompanhamento regular por exames de imagem e tratados, se surgirem complica- ções ou evolução que demande abordagem. REFERÊNCIAS 1. Slavin RE, Gonzalez-Vitale JC. Segmental mediolytic arteritis: a clinical pathologic study. Lab Invest. 1976;35:23-29. 2. Slavin RE, Saeki K, Bhagavan B, Maas AE. Segmental arterial mediolysis: a precursor to fibromuscular dysplasia? Mod Pathol. 1995;8:287-94. 3. Slavin RE (2009). Segmental arterial mediolysis: course, sequelae, prognosis, and pathologic-radiologic correlation. Cardiovasc Pathol. 2009; 18:352–360. 4. Shenouda M, Riga C, Naji Y, Renton S. Segmental arterial mediolysis: a systematic review of 85 cases. Ann Vasc Surg. 2014;28:269-77. 5. Naidu SG, Menias CO, Oklu R, Hines RS, Alhalabi K, Makar G, Shamoun FE, Henkin S, McBane RD. Segmental Arterial Mediolysis: Abdominal Imaging of and Disease Course in 111 Patients. AJR Am J Roentgenol. 2018;210:899-905. 6. Ko M, Kamimura K, Sakamaki A, Niwa Y, Tominaga K, Mizuno K, Terai S. Rare Mesenteric Arterial Diseases: A Case Report of Fibromuscular Dysplasia and Segmental Arterial Mediolysis and Literature Review. Internal Medicine. 2019;58:3393-3400. 7. Hall ET, Gibson BA, Hennemeyer CT, Devis P, Black S, & Larsen BT. Segmental arterial mediolysis and fibromuscular dysplasia: what comes first, the chicken or the egg? Cardiovascular Pathology. 2016; 25: 113-115.

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