Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022

66 Doença associada à infecção pelo Clostridioides difficile . Atualização Nelson Gonçalves Pereira et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.49-93, jul-set 2022 que pesquisam múltiplos agentes de diar- reia simultaneamente e que muito podem auxiliar no diagnóstico diferencial e no tratamento específico de alguns casos. O PCR não detecta a toxina diretamente e sim os genes responsáveis pela sua pro- dução; desta forma o exame não diferencia o portador e a doença em atividade, sendo necessária a correlação com a clínica para minimizar os tratamentos desnecessários (Tabela 1 e Quadro 5). Existem vários algoritmos propostos em alguns guideline s em que eles participam com destaque, conforme pode ser visto nas Figuras 2 e 3. 6.7. Abordagem de diagnóstico laboratorial proposta em alguns dos principais guidelines da literatura A avaliação clínica é o primeiro passo para a correta interpretação dos exames. Supostamente, o doente deve estar com diarreia e, salvo raras situações, o material preferencial é a pesquisa nas fezes diarrei- cas, corretamente coletadas e transportadas para o laboratório. A melhor estratégia para diagnosticar a DCd ainda é maté- ria de debate. De acordo com a European Society of Clinical Microbiology and In- fectious Diseases (ESCMID), nenhum dos testes isoladamente deve ser apontado como Figura 2 Algoritmo 1 proposto para o diagnóstico da DCd, de acordo com as referências 2, 3, 7, 8, 13, 16, 24, 29, 30, 32, 33, 38 e 39 GDH: glutamato desidrogenase; EIA: ensaio imunoenzimático; DCd: doença pelo Clostridioides difficile ; PCR: teste de amplificação do ácido nucleico mais usado entre nós Quadro clínico compatível com a DCd EIA – GDH ou PCR Negativo Positivo DCd pouco provável EIA para toxinas A e B Positivo Negativo DCd muito provável Reavaliação clínica PCR se o inicial foi o GDH Positivo: DCd ou colonização Negativo: procurar outra causa

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