Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022

68 Doença associada à infecção pelo Clostridioides difficile . Atualização Nelson Gonçalves Pereira et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.49-93, jul-set 2022 Tabela 1 Sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo dos principais testes usados no diagnóstico da DCd, de acordo com as referências 3, 9, 11, 16, 24, 29, 36, 40 Tipos de teste S % E % VP+ % VP- % Cultura toxinogênica 94 - 100 94 - 100 alto alto Citotoxicidade 77 - 86 97 - 99 alto bom GDH 71 - 100 67 - 99 34 - 38 99 -100 EIA para toxinas A e B 50 - 92 90 - 99 69 - 81 99 PCR 88 - 100 88 - 98 46 99 - 100 GDH: glutamato desidrogenase; EIA: ensaio imunoenzimático; DCd: doença pelo Clostridioides difficile ; PCR: teste de amplificação do ácido nucleico mais usado entre nós; VP+: valor preditivo positivo; VP-: valor preditivo negativo. S: sensibilidade. E: especificidade Quadro 5 Algumas características dos principais exames utilizados no diagnóstico específico da DCd, de acordo com as referências 3, 9, 11, 16, 24, 29, 36, 40 Tipos de teste Demora Execução Colonização ou doença? Detecta Cultura toxinogênica 2 a 4 dias Complexa Não Bactéria e toxina Citotoxicidade 1 a 2 dias Complexa Sim Toxinas GDH Rápido Simples Não Enzima GDH EIA para toxinas A e B Rápido Simples Sim Toxinas PCR Rápido Complexa Não Genes das toxinas GDH: glutamato desidrogenase; EIA: ensaio imunoenzimático; DCd: doença pelo Clostridioides difficile ; PCR: teste de amplificação do ácido nucleico mais usado entre nós Se ao contrário for negativo, fala contra a hipótese diagnóstica. Neste último caso, duas interpretações são mais cabíveis: a) não há Cd na amostra e b) pode ser um falso negativo do EIA toxinas A e B, incluindo a presença de quantidades pequenas das toxinas que não sejam capazes de ser cap- tadas pelo exame e a coleta, transporte ou conservação inadequados. Se o exame de triagem foi o GDH positivo e o EIA contra as toxinas A e B foi negativo recomenda-se realizar o PCR em uma terceira fase; se for positivo confirma a infecção ou colonização e se for negativo aponta fortemente contra a presença do Cd produtor de toxinas. Neste caso algumas rotinas preconizam que se procurem outras hipóteses para o caso, e quando o PCR não for disponível e a clínica muito sugestiva, realizar uma terapêutica de prova (Figura 2). (7,36)

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