Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022
28 Miocardite aguda: 16 pontos que todo médico deve conhecer Evandro Tinoco Mesquita et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.21-35, jul-set 2022 FATO NÚMERO 8 – A RESSONÂNCIA CARDÍACA (RC) É O NOVO PADRÃO OURO PARA O DIAGNÓSTICO NÃO INVASIVO A RC deve ser feita em todo paciente com suspeita de MA, nas primeiras 2 a 3 semanas, e se tornou o padrão ouro na caracterização não invasiva de MA, ao reconhecer e quantificar a presença da inflamação e da fibrose miocárdica. Ao lado disso, avalia-se a espessura das paredes ventriculares, morfologia e tamanho das cavidades e as funções sistólica e diastólica. O edema miocárdico tende a desaparecer após 4 semanas e a captação tardia do gadolínio se associa à fibrose. Após 6 a 12 meses, uma nova RM não apresenta edema ou captação tardia do gadolínio, e isto significa bom prognóstico. A avalia- ção de MA pela RM envolve radiologistas experientes, equipamentos e softwares adequados – mapeamento T1, T2 e cálcu- lo do volume extracelular e o emprego de critérios padronizados para MA. Os critérios de Lake Louise: presença de edema miocárdico nas imagens ponderadas em T2, aumento significativo da intensida- de de sinal nas imagens com a técnica de Figura 4 Imagem de RM cardíaca em eixo curto evidenciando o realce tardio ( late inhencement ) na parede ínfero- lateral do ventrículo esquerdo (setas) na sequência T2 mapping . RM: ressonância magnética
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