Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022

118 Angina de peito refratária: Transplantar ou não transplantar, eis a questão Tayane Vasconcellos Pereira et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.112-123, jul-set 2022 Apresentou, no terceiro dia após o pro- cedimento, episódio de fibrilação atrial de alta resposta com instabilidade hemodinâ- mica, tratado com cardioversão elétrica e química com sucesso. Foi mantido fármaco antiarrítmico em infusão contínua durante quatro dias. O paciente foi transferido para unidade de cuidados de menor complexidade oito dias após a cirurgia, permanecendo com evolução clínica satisfatória e obtendo alta hospitalar no décimo dia de pós-operatório. Foi realizada angiotomografia coro- nariana pré-alta, com o consentimento do paciente, para avaliação do resultado anatômico imediato. Todas as pontes rea- lizadas estavam pérvias bem como ramos septais da ADA ficaram evidentes após a endarterectomia e reconstrução da artéria descendente anterior (Figura 2). O paciente encontra-se em acompa- nhamento ambulatorial pela cardiologia, assintomático e sem angina de peito e em fase de preparo pré-operatório para o transplante renal. DISCUSSÃO O transplante de coração é a substi- tuição de um coração com insuficiência por um coração de um doador adequado. (1) Após um declínio entre 1993 e 2004, os vo- lumes de transplante de coração relatados ao Registro de Transplantes da Sociedade Internacional de Transplante de Coração e Figura 2 Reconstrução tridimensional da angiotomografia de coronárias pós-operatório. As setas brancas mostram as pontes realizadas. A seta vermelha evidencia o grau de calcificação e aneurisma da coronária direita (CD). A seta azul mostra a reconstrução da artéria descendente anterior com retalho de veia safena. Safena-DP : Ponte de safena da aorta ascendente para o ramo descendente posterior da CD. MID-Mg da CX : Ponte com a artéria mamária interna direita, in situ , retroaórtica, para o ramo marginal da artéria circunflexa. MIE-DA-Dg : Ponte com a artéria mamária interna esquerda, in situ , sequencialmente para a artéria descendente anterior com a anastomose látero-lateral (após reconstrução cirúrgica) e ramo diagonal (anastomose término-terminal).

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