Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022

67 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.49-93, jul-set 2022 Doença associada à infecção pelo Clostridioides difficile . Atualização Nelson Gonçalves Pereira et al. padrão para o diagnóstico, em função dos seus baixos valores preditivos positivos, principalmente em ambientes com baixa prevalência da doença. (8,38,39) A maioria dos consensos propõe fazer a investigação da DCd em duas etapas. Na primeira delas devem ser priorizados os métodos com alta sensibilidade, sendo os mais citados a GDH pelo EIA e o PCR para as toxinas A e B. (40,41) Ambos os testes têm elevado valor preditivo negativo, de modo que quando resultam negativos em princí- pio apontam contra o diagnóstico. Algumas rotinas quando o EIA-GDHde triagem é ne- gativo em pacientes com clínica consistente de DCd, propõem a realização EIA para as toxinas A e B e só se exclui o diagnóstico se o resultado for também negativo. (7) Na segunda etapa, se a primeira é positiva, são mais indicados os exames de maior espe- cificidade, como é o caso do EIA para as toxinas A e B e o PCR, caso não tenha sido utilizado na triagem. Se na segunda fase for realizado o EIA para as toxinas A e B com resultado reativo, este achado sugere fortemente a presença do Cd em atividade. Figura 3 Algoritmo 2 proposto para o diagnóstico da DCd, de acordo com as referências 2, 3, 7, 8, 13, 16, 24, 29, 32, 37, 40 e 41 GDH: glutamato desidrogenase; EIA: ensaio imunoenzimático; DCd: doença pelo Clostridioides difficile ; PCR: teste de amplificação do ácido nucleico mais usado entre nós Quadro clínico sugestivo de DCd Realizar o EIA GDH e o EIA para toxinas A e B Ambos EIA GDH + EIA GDH - Ambos Positivos EIA toxinas A/B - EIA toxinas A / B + Negativos Resultados indeterminados PCR para os genes das toxinas A e B PCR positivo PCR negativo Resultados consistentes com Resultados inconsistentes com a presença da DCd a presença da DCd

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