Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 3 - 2022

39 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.3, p.36-48, jul-set 2022 Bradiarritmias: do diagnóstico ao tratamento Luiz Eduardo Montenegro Camanho et al. A bradicardia sinusal (Figura 4) é um achado comum e relativamente precoce. Vale ressaltar que, mesmo em indivíduos jovens e atletas, uma frequência sinusal abaixo de 40 bpm na vigília não é o usual, o que deve aumentar a suspeição clínica desta condição.Tanto a bradicardia sinusal como a incompetência cronotrópica podem causar diminuição importante na capaci- dade de exercício e fadiga. Estima-se que incompetência cronotrópica está presente em até 60% dos pacientes portadores de DNS, e esta é definida por um aumento da frequência sinusal abaixo da considerada normal em resposta ao exercício, isto é, um platô menor que 70% a 75% da frequência cardíaca máxima prevista para a idade (220 – idade) ou incapacidade de atingir uma frequência sinusal de 100 a 120 bpmno esforço máximo. (10,11) Conforme mencionado anteriormente, as medidas profiláticas de eventos cardioembólicos devem ser sempre rigorosamente seguidas. Na forma extrín- seca da DNS, o tratamento e a correção da doença de base geralmente se correlacio- nam com a resolução da bradiarritmia. (12) Figura 3 Ritmo sinusal bradicárdico após cardioversão elétrica de fibrilação atrial (descrição clássica da disfunção sinusal).

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