Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 2 - 2022

132 Sarcoidose: desafios na prática clínica José Galvão-Alves et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.2, p.131-139, abr-jun 2022 Submetido à tomografia computadori- zada de abdome e pelve (Figuras 1 a 4), a qual revelou a presença de cálculo renal radiopaco, de 2mm, localizado na junção ureterovesical direita, com dilatação do sistema pielocalicial, além de linfonodo- megalias no hilo hepático, pericelíacas e retroperitoneais, com esplenomegalia concomitante. Paciente foi medicado, mantido sob anal- gesia regular e, diante destes achados, in- ternado para melhor elucidação diagnóstica. Foi solicitada tomografia de tórax (Figuras 5 a 8), que identificou múltiplas adenome- galias mediastinais/paratraqueais, junto ao tronco da artéria pulmonar e aos hilos, infracarinais, bem como espessamento in- tersticial periférico no lobo superior direito. Realizou exames laboratoriais, os quais se encontram na Tabela 1. Sua pressão arterial era de 120 x 80 mmHg, a frequência respiratória registrava 16 incursões respiratórias por minuto (irpm), sua frequência cardíaca mantinha-se em torno de 76 batimentos por minuto e a tem- peratura axilar encontrava-se em 36,8 o C. À ausculta, o ritmo cardíaco era regular emdois tempos, combulhas normofonéticas e sem sopros. Pulmões limpos. Abdome era normal à inspeção, sendo a palpação super- ficial/profunda dolorosa em flanco direito. O fígado era palpável a 2cm do rebordo costal, indolor, superfície lisa e borda fina. Baço palpável à inspiração profunda. Traube obscuro. Timpanismo habitual, assimcomo a peristalse. À palpação, não se identificavam adenomegalias nas cadeias periféricas. Os membros inferiores exibiam pulsos bilate- ralmente palpáveis, sem edemas, além de reflexos tendinosos sem anormalidades. Figura 2 Presença de múltiplos linfonodos nas diversas estações abdominais, intra e retroperitoneais, a maior pericelíaca, além de esplenomegalia. Figura 1 Presença de múltiplos linfonodos nas diversas estações abdominais, intra e retroperitoneais, a maior pericelíaca, além de esplenomegalia.

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