Publicação científica trimestral do CREMERJ - número 2 - 2022

59 Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.2, p.49-62, abr-jun 2022 Fibrilação Atrial – diagnóstico, fisiopatologia e terapêutica Eduardo B. Saad e Charles Slater a 70% dos casos com um único procedi- mento, mesmo em condições desfavoráveis de remodelamento atrial. Atualmente se reconhece de forma in- constestável que a ablação por cateter émais eficiente do que o tratamento farmacológico e deve ser empregada precocemente na evo- lução natural da doença, preferencialmente antes de um remodelamento atrial signifi- cativo e nas formas paroxísticas. A seleção adequada de pacientes encaminhados para a ablação é fundamental para a obtenção de excelentes resultados. Complicações O procedimento de ablação é, de forma geral, seguro e está associado a pequenas taxas de complicações em centros de ex- celência com grande volume e experiência. Estas são principalmente relacionadas ao acesso vascular venoso (como hematomas ou pseudoaneurismas) ou relacionadas à Figura 3 Mapeamento eletroanatômico demonstrando o momento do isolamento das veias pulmonares. Neste, a anatomia atrial esquerda é reconstruída e utilizada para guiar o procedimento. As lesões de RF são dispostas (pontos em vermelho) no antro das veias pulmonares em formato circular até que os sinais elétricos nas veias pulmonares sejam eliminados.

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