Publicação científica trimestral do CREMERJ

28 Tratamento do diabetes tipo 2: tendências atuais Alessandra Saldanha de Mattos Matheus Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.25-44, jan-mar 2022 Tabela 1 Mecanismos da fisiopatologia e as classes de medicamentos (adaptada da referência 13) Regulação incretínica Sec.Insulina Resistência Insulínica Medicamento Cél. Alfa Cél. Beta Defeito incretínico Músculo Fígado Adipócito Rim Cérebro Microbiota Estômago, ID Inflamatória Metformina X X X Sulfonilureias X Acarbose X Pioglitazona X X X X Metiglinidas X Análogo GLP-1 X X X X X X X X X X Inibidores DPP-IV X X X X Gliflozinas X X X X X Legenda: ID: intestino delgado Benefícios Ao contrário das sulfonilureias, a met- formina raramente causa hipoglicemia e é uma opção acessível financeiramente. No estudo UKPDS, apresentou redução dos desfechos de doença macrovascular em pacientes obesos. (15) É considerada a terapia de primeira linha para todos os pa- cientes com DM2, sem contraindicação ao seu uso de acordo com diversas diretrizes. (6,7,8) Este fármaco também está associado a uma reduzida mortalidade em pacientes com diabetes e insuficiência cardíaca (IC) quando comparada à sulfonilureia ou insulina. (16) Em uma metanálise, em pacientes tratados com metformina hou- ve uma melhora geral e específica da sobrevivência pelo câncer quando com- parados com aqueles tratados com outros tipos de antidiabéticos orais. (17) Efeitos colaterais Em alguns pacientes (25%), a intolerân- cia aos seus principais efeitos colaterais, que são os gastrointestinais, como diarreia, náusea, vômitos e flatulência, pode limitar o seu uso em altas doses e necessitar de redução posológica. (13) Uma intolerância à menor dose pode ser vista em 5% dos pa- cientes. (7) Também pode reduzir os níveis séricos da vitamina B12. Acidose láctica durante seu uso é muito rara e, geralmente, está associada a comorbidades concomi- tantes. (18) (Tabela 2)

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