Publicação científica trimestral do CREMERJ
93 Abordagem do nódulo de tireoide Mauricio Forneiro et al. Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.92-101, jan-mar 2022 fatores que podem sugerir um risco aumen- tado de malignidade, destacamos: Sexo: masculino (risco 2 vezes maior). Idade: crianças e idosos (70 anos). Sintomas locais: nódulos de crescimento rápido ou volumoso, sintomas compres- sivos, nódulo endurecido, aderido a pla- nos profundos, pouco móvel associado à paralisia ipsilateral de corda vocal ou linfonodomegalia cervical. História familiar (parente de primeiro grau) de câncer de tireoide, especial- mente se 2 ou mais membros afetados, no caso de carcinoma diferenciado de tireoide. Histórico de neoplasia endócrina múl- tipla tipo 2, síndrome de Cowden, sín- drome de Pendren, síndrome deWerner, complexo de Carney e polipose adeno- matosa familiar. Radioterapia prévia de cabeça oupescoço. Diagnóstico prévio de câncer de tireoide tratado com tireoidectomia parcial. Nódulo incidentalmente detectado no FDG-PET CT (Tomografia por emissão de pósitrons) em pacientes oncológicos. EXAMES COMPLEMENTARES A avaliação de exames complementares tem início com os seguintes exames: i) Exames Laboratoriais TSH, T4 livre e T3. Anticorpo antiperoxidase e anticor- po antitireoglobulina a fim de verificar motivos muitas vezes não relacionados à tireoide, colaborou para o crescente número de diagnósticos. (2) Os nódulos de tireoide podem, frequen- temente, estar associados ao hipotireoi- dismo, hipertireoidismo, compressão de estruturas cervicais adjacentes e problemas estéticos. (3) Um aspecto fundamental na avaliação clínica de um NT reside na necessidade de se excluir câncer de tireoide, que pode ocorrer em 7% a 15% dos nódulos, depen- dendo de idade, sexo, história prévia de exposição à radiação, história familiar de câncer de tireoide, dentre outros fatores. (1) A necessidade de intervenção cirúr- gica nos portadores de nódulos benignos é reduzida por meio de uma adequada avaliação clínica, com ênfase na anam- nese, exame físico e na ordenada solici- tação dos exames complementares, evi- tando tratamentos desnecessários e suas complicações. DIAGNÓSTICO CLÍNICO (1,4,5) O diagnóstico clínico inicia-se na anam- nese e exame físico, com ênfase na palpação da tireoide e linfonodos cervicais. No exame clínico, o nódulo pode ser de- tectado quando maior do que 1cm e anterior. O exame de imagem, como a ultrassono- grafia de tireoide, pode detectar nódulos menores do que 1cm. A história clínica consiste em relevante fator a ser avaliado. Dentre os principais
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