Publicação científica trimestral do CREMERJ

53 Pancreatite autoimune José Galvão-Alves, Bruna Cerbino de Souza Med. Ciên. e Arte , Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.45-58, jan-mar 2022 intrapancreática do ducto biliar é, no geral, a mais lesada, exibindo espessamento pa- rietal difuso, com ou sem dilatação do ducto biliar proximal. O diagnóstico diferencial da colangite por IgG4 se faz com a colangite es- clerosante primária, nos casos de estenoses multifocais, e com o colangiocarcinoma, na ausência de comprometimento pancreático. O envolvimento renal ocorre em 1/3 dos casos de PAI tipo 1, e o achado típi- co constitui a presença de múltiplas le- sões de baixa densidade no córtex renal, bilateralmente, secundárias à nefrite tu- bulointersticial. (35) O espectro do acometimento pela síndro- me da IgG4 se estende também às glândulas salivares, lacrimais, ao mediastino, retro- peritônio e à vesícula biliar (Figura 3). Tais achados diferem das lesões metastáticas do adenocarcinoma de pâncreas em aspecto e localização, cujos sítios mais comuns são fígado, omento, peritônio, linfonodos e pulmões, auxiliando na diferenciação entre as duas condições. (36) Figura 3 Distribuição do acometimento extrapancreático na PAI tipo 1.

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