REDE BÁSICA DE SAÚDE

REDE BÁSICA DE SAÚDE: IMPORTÂNCIA, TRAJETÓRIA E CRISE IMPORTÂNCIADAREDEBÁSICA As ações de saúde pública compreendem assistência de caráter individual e atividades de promoção, prevenção e assistência de abrangência coletiva, com a finalidade de proteger a vida de milhares de pessoas. As unidades básicas de saúde, nos seus primórdios, atuavam desenvolvendo ações voltadas exclusivamente para controle de doenças transmissíveis com potencial para produção de epidemias: vacinação, assistência a portadores de tuberculose e hanseníase e seus contatos, além de pré-natal e pré-nupcial, puericultura, saúde escolar, carteira de saúde para trabalhadores em ocupações que trouxessem risco para um coletivo de pessoas (na área de alimentação, em escolas etc.), tratamento profilático de contatos de casos demeningite entre outros. Impactos positivos no campo da saúde coletiva, independente de seus patronos ou dos descobridores de tecnologia, se dão sobretudo devido ao trabalho e compromisso dos profissionais que atuam na rede básica: erradicação varíola, erradicação da poliomielite (paralisia infantil), eliminação do sarampo, redução e/ou eliminação de casos de difteria (crupe), redução e/ou eliminação do tétano neonatal (mal dos sete dias) e acidental, redução da raiva humana e animal, redução da morbimortalidade por desidratação através do uso do soro de reidratação oral, entre outros. Com a mudança no perfil de doenças e envelhecimento das populações, em especial de áreas urbanas, a rede de serviços de atenção básica passou a ampliar sua ação, incluindo as doenças crônicas mais freqüentes na população (diabetes, hipertensão arterial, câncer de mama e colo de útero), saúde bucal e ações voltadas para agravos mentais e sociais, incorporando o conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS): “Saúde é o completo bem estar físico, social e mental e não somente a ausência de doenças”. TRAJETÓRIADAREDEBÀSICADACIDADEDORIODE JANEIRO Até 1985, a rede básica de saúde municipal desenvolvia ações voltadas para controle de doenças transmissíveis com potencial epidêmico, principalmente através do programa de imunização (vacinação), pré-nupcial e pré-natal, puericultura, saúde escolar (incluía odontologia) e carteira de saúde. Na antiga rede do extinto INAMPS, os postos de assistência médicos (PAM), ofereciam consultas ambulatoriais em clínica geral e especialidades, para trabalhadores com carteira assinada e seus dependentes, incluindo tratamento de tuberculose e hanseníase. A população que não tinha vínculo empregatício não tinha oferta de consultas médicas e em casos de doenças agudas ou crônicas só podia recorrer aos hospitais, principalmente aos serviços de emergência.

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