DENGUE: DIAGNÓSTICO E MANEJO CLÍNICO: ADULTO E CRIANÇA

Dengue: diagnóstico e manejo clínico – adulto e criança Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 27 6.6 Outros distúrbios eletrolíticos e metabólicos que podem exigir correção específica Em crianças, os distúrbios mais frequentes a serem corrigidos são: • Hiponatremia : corrigir após tratar a desidratação ou choque, quando sódio (Na) menor que 120 mEq/l ou na presença de sintomas neuroló- gicos. Usar a fórmula de correção de hiponatremia grave: » (130 – Na atual) x peso x 0,6 = mEq de NaCl a 3% a repor em ml (1 ml de NaCl a 3% possui 0,51 mEq de Na). » Solução prática: 100 ml de NaCl a 3% se faz com 85 ml de água desti- lada + 15 ml de NaCl a 20%. » A velocidade de correção varia de 0,5 a 2 mEq/kg/dia ou 1 a 2 ml/kg/h. Após correção, dosar sódio sérico. • Hipocalemia : corrigir via endovenosa em casos graves e com potássio sérico menor que 2,5 mEq/l. Usar a fórmula de correção: 0,2 a 0,4 mEq/ kg/h na concentração máxima de 4 mEq/100 ml de solução. • Acidose metabólica : deve-se corrigir primeiramente o estado de de- sidratação ou choque. Só administrar bicarbonato em valores abaixo a 10 e ou ph <7,20. Usar a fórmula: Bic. Desejado (15 a 22) – Bic. Encon- trado x 0,4 x P. Em pacientes adultos com choque que não respondem a duas etapas de ex- pansão e atendidos em unidades que não dispõem de gasometria, a acidose metabólica poderá ser minimizada com a infusão de 40 ml de bicarbonato de sódio 8,4%, durante a terceira tentativa de expansão. 6.7Distúrbiosde coagulação (coagulopatiasde consumo e plaquetopenia), hemorragias e uso de hemoderivados As manifestações hemorrágicas na dengue são causadas por alterações vas- culares, plaquetopenia e coagulopatia de consumo, devendo ser investigadas clínica e laboratorialmente, com prova do laço, TAP, TTPA, plaquetometria, produto de degradação da fibrina, fibrinogênio e D-dímero. O estado prolongado de hipovolemia está associado com frequência aos san- gramentos importantes. A reposição volêmica precoce e adequada é um fator determinante para a prevenção de fenômenos hemorrágicos, principalmente ligados a coagulopatia de consumo.

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