DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 436 D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS gânglios nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a vida. Causas diversas podem levar a reativação do vírus, que, cami- nhando centrifugamente pelo nervo periférico, atinge a pele, causan- do a característica erupção do Herpes Zoster. Excepcionalmente, há pacientes que desenvolvem Herpes Zoster após contato com doentes de Varicela e, até mesmo, com outro doente de zoster, o que indica a possibilidade de uma reinfecção em paciente já previamente imuniza- do. É também possível uma criança adquirir Varicela por contato com doente de Zoster. Diagnóstico t %JBHOØTUJDP MBCPSBUPSJBM A confirmação do diagnóstico só é possível pelo isolamento do vírus em linhagens celulares de cultura de tecidos susceptíveis, ou pela demonstração de soroconversão, ou elevação de 4 vezes ou mais nos títulos de anticorpos entre as amostras de soro na fase convalescente e na fase aguda. A tecnologia da reação da cadeia de polimerase para a detecção do ADN viral no líquido vesicular é disponível em alguns laboratórios. As provas sorológicas mais frequentemente utilizadas para avaliar a resposta do hospedeiro incluem a detecção de anticorpos contra o antígeno de membrana (FAMA), a imuno-hemaglutinação por aderência e o ensaio imunossorvente ligado a enzima (ELISA). O teste FAMA e o ensaio ELISA parecem ser os mais sensíveis. t %JBHOØTUJDP EJGFSFODJBM - Lesões vesiculares unilaterais em um padrão de dermátomo sugerem o diagnóstico de Herpes Zoster, embora se tenha relatado a ocorrência de Herpes Zoster na ausência de erupção. Tanto as infecções pelo herpesvírus-simples, quanto as infecções por vírus Coxsackie , podem causar lesões vesiculares em dermátomos. A virologia diagnóstica e a coloração fluorescente de raspados da pele com anticorpos monoclonais ajudam estabelecer o diagnóstico correto. No estágio prodrómico, o diagnóstico pode ser muito difícil. Tratamento - As lesões da pele têm involução espontânea, mas me- didas para evitar a infecção secundária devem ser tomadas. O trata- mento deve ser iniciado assim que os sintomas forem observados, vi- sando reduzir a dor aguda associada ao Herpes Zoster, a infecção viral aguda e prevenir a nevralgia pós-herpética. Os agentes antivirais têm demonstrado eficácia pela cicatrização acelerada das lesões e resolução da dor associada ao zoster. A ação efetiva dos agentes antivirais para a prevenção da nevralgia pós-herpética é controversa. A terapia com Aciclovir parece produzir uma redução moderada do desenvolvimento

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