DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 382 seio. Podem ocorrer hepatoesplenomegalia, alterações respiratórias ou pneumonia, hidropsia, pseudoparalisia dos membros, fissura orificial, condiloma plano, pênfigo palmoplantar e outras lesões cutâneas, icterí- cia e anemia. Quando ocorre invasão maciça de treponemas e/ou esses são muito virulentos, a evolução do quadro é grave e a letalidade, alta. A placenta encontra-se volumosa, com lesões e manchas amareladas ou esbranquiçadas. Sífilis Congênita tardia: o s sinais e sintomas são observados a partir do 2º ano de vida. Os principais sintomas são: tíbia em lâmina de sabre, fronte olímpica, nariz em sela, dentes deforma- dos (dentes de Hutchinson), mandíbula curta, arco palatino elevado, ceratite intersticial com cegueira, surdez neurológica, dificuldade no aprendizado, hidrocefalia e retardo mental. Período de infecção : o tempo de evolução é extremamente variável, geralmente interrompi- do com o tratamento. A remissão espontânea da doença é improvável. A evolução da infecção treponêmica determinará lesões deformantes, com destruição tecidual em tecido ósseo e cutâneo-mucoso, além das graves sequelas neurológicas. Quando estão presentes lesões cutâneas e mucosas, ricas em treponemas, pode ocorrer contágio involuntário, quando do manuseio inadequado/desprotegido das crianças com Sífilis Congênita, por parte dos familiares e profissionais de saúde. Período toxêmico:o quadro clínico é variável. Manifestações gerais e sinais de comprometimento simultâneo de múltiplos órgãos, como febre, icte- rícia, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia generalizada, anemia, en- tre outros sinais, podem ser observadas isoladas ou simultaneamente. Manifestações graves ao nascimento, tais como pneumonia intersti- cial e insuficiência respiratória, com risco de vida, requerem especial atenção. Remissão : o tratamento adequado dos casos diagnosticados promove a remissão dos sintomas, em poucos dias. As lesões tardias já instaladas, a despeito da interrupção da evolução da infecção, não serão revertidas com a antibioticoterapia. Agente etiológico - Treponema pallidum , espiroqueta de alta pato- genicidade. Reservatório - O homem. Modo de transmissão - A infecção fetal é o resultado da dissemi- nação hematogênica do T. pallidum por via transplacentária, em qual- quer fase gestacional. Período de incubação - De 10 a 90 dias (com média de 21 dias). Período de transmissibilidade - A transmissão vertical pode ocorrer por todo o período gestacional. Acreditava-se que a infecção fetal não ocorresse antes do 4º mês de gestação. Entretanto, já se cons- D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS
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