DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 104 D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS preservação do nível de consciência caracterizado por um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: visão turva, diplopia, ptose palpebral, boca seca, disartria, disfagia ou dispneia na ausência de fontes prováveis de toxina botulínica, como alimentos contaminados, ferimentos ou uso de drogas. A exposição a alimentos com risco para presença de esporo de C. botulinum (ex. mel, xaropes de milho) reforça a suspeita em me- nores de um ano. Caso confirmado por critério laboratorial: a) Caso suspeito no qual foi detectada toxina botulínica em amostra clínica e/ ou no alimento efetivamente consumido. b) Caso suspeito de Botu- lismo intestinal ou por ferimento no qual foi isolado o C. botulinum produtor de toxinas, em fezes ou material obtido do ferimento. Caso confirmado por critério clínico-epidemiológico: Caso suspeito com vínculo epidemiológico com o caso confirmado e/ou história de consu- mo de alimento com risco para a presença da toxina botulínica dez dias antes dos sintomas e/ou eletroneuromiografia compatível com Botulis- mo e/ou ferimento em condições de anaerobiose nos últimos 21 dias. Notificação - O Botulismo é doença de notificação compulsória e investigação obrigatória desde publicação da Portaria MS n° 1.943, de 18 de outubro de 2001. Devido à gravidade da doença e à possibili- dade de ocorrência de outros casos resultantes da ingestão da mesma fonte de alimentos contaminados, um único caso é considerado surto e emergência de saúde pública. A suspeita de um caso de Botulismo exige notificação e investigação imediatas à vigilância epidemiológica local. O técnico que receber a notificação deve, inicialmente, verificar a consistência das informações e, uma vez caracterizada a suspeita de Botulismo, comunicar imediatamente aos níveis hierárquicos supe- riores e áreas envolvidas na investigação, iniciando o planejamento das ações de tratamento, investigação e controle. M EDIDAS DE C ONTROLE t "ÎÜFT EF FEVDBÎÍP FNTBÞEF - Orientar a população sobre o preparo, conservação e consumo adequado dos alimentos associados a risco de adoecimento. t &TUSBUÏHJBT EF QSFWFOÎÍP - Orientar as medidas iniciais de prevenção e controle, de acordo com o modo de transmissão e resultados da investigação do caso. Nos casos de transmissão alimentar, deve-se eliminar a permanência da fonte por meio da interrupção do con- sumo, distribuição e comercialização dos alimentos suspeitos. t Imunização - É recomendada apenas a pessoas com atividade na manipulação do microrganismo, realizada com toxóide botulínico polivalente.

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