DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 122 dem ocorrer casos oligossintomáticos, com pouca importância na dis- seminação da doença. Modo de transmissão - Contato direto da pessoa doente com pes- soa suscetível (gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar). A transmissão por objetos recém-contaminados com secre- ções do doente é pouco frequente, em virtude da dificuldade do agente sobreviver fora do hospedeiro. Período de incubação - Em média, de 5 a 10 dias, podendo variar de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. Período de transmissibilidade - Para efeito de controle, conside- ra-se que esse período se estende de 5 dias após o contato com um doente (final do período de incubação) até 3 semanas após o início dos acessos de tosse típicos da doença (fase paroxística). Em lactentes me- nores de 6 meses, o período de transmissibilidade pode prolongar-se por até 4 a 6 semanas após o início da tosse. Amaior transmissibilidade ocorre na fase catarral. Suscetibilidade e imunidade - A suscetibilidade é geral. O indi- víduo torna-se imune após adquirir a doença (imunidade duradoura, mas não permanente) ou após receber vacinação adequada. Em média de 5 a 10 anos após a última dose da vacina, a proteção pode declinar. Complicações - Pneumonia e otite média por B. pertussis , pneu- monias por outras etiologias, ativação de Tuberculose latente, atelec- tasia, bronquiectasia, enfisema, pneumotórax, ruptura de diafragma; encefalopatia aguda, convulsões, coma, hemorragias intracerebrais, he- morragia subdural, estrabismo, surdez; hemorragias subconjuntivais, epistaxe, edema de face, úlcera do frênulo lingual, hérnias (umbilicais, inguinais e diafragmáticas), conjuntivite, desidratação e/ou desnutri- ção. Diagnóstico - O diagnóstico específico é realizado mediante o isola- mento da B. pertussis por meio de cultura de material colhido de na - sorofaringe, com técnica adequada. Essa técnica é considerada como “padrão-ouro” para o diagnóstico laboratorial da Coqueluche, por seu alto grau de especificidade, embora sua sensibilidade seja variável. Como a B. pertussis apresenta um tropismo pelo epitélio respiratório ciliado, a cultura deve ser feita a partir da secreção nasofaríngea. A coleta do espécime clínico deve ser realizada antes do início da anti- bioticoterapia ou, no máximo, até 3 dias após seu início. Por isso, é importante procurar a unidade de saúde ou entrar em contato com a coordenação da vigilância epidemiológica, na secretaria de saúde do município ou estado. D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS

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