DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 360 de ducto arterial, defeitos do tabique interauricular e interventricular, estenose ou hipoplasia da artéria pulmonar), e alterações neurológicas (meningoencefalite, retardo mental), púrpura, esplenomegalia, osteo- patia radiolúcida, dentre outros. É possível a ocorrência de formas tar- dias e leves que se manifestam como surdez parcial, pequenas deficiên- cias cardíacas, diabetes melito , pancreatite progressiva, dentre outras, só diagnosticadas muitos anos após o nascimento. Agente etiológico - Vírus RNA, gênero Rubivirus, família Togavi- ridae. Reservatório - O homem. Modo de transmissão - A infecção é adquirida por via intra-uteri- na (transmissão vertical). Período de incubação - Não há período definido. Período de transmissibilidade - Lactentes com SRC podem eli- minar o vírus através das secreções nasofaríngeas, sangue, urina e fe- zes, por até 1 ano após o nascimento. Diagnóstico - Clínico, epidemiológico e laboratorial. O feto infec- tado é capaz de produzir anticorpos específicos da classe IgM e IgG para Rubéola, antes mesmo do nascimento. A presença de anticorpos IgM específicos para Rubéola no sangue do recém-nascido é evidência de infecção congênita, haja vista que esse tipo de imunogloblina não ultrapassa a barreira placentária. Os anticorpos IgM podem ser detec- tados em 100% das crianças com SRC, até o 5º mês; em 60%, entre 6 a 12 meses; e em 40%, de 12 a 18 meses. Raramente são detectados após o 18º mês. Anticorpos maternos da classe IgG podem ser transferidos passivamente ao feto através da placenta, sendo portanto encontrados em recém-nascidos normais de mães imunes à Rubéola. Não é possí- vel diferenciar os anticorpos IgG maternos dos produzidos pelo pró- prio feto, quando o mesmo é infectado na vida intra-uterina. Como a quantidade de IgG materno transferido ao feto vai diminuindo com o tempo, desaparecendo por volta do 6º mês, a persistência dos níveis de anticorpos IgG no sangue do RN é altamente sugestiva de infecção intra-uterina. A investigação laboratorial de casos suspeitos de SRC se faz colhendo uma amostra de sangue do RN para realização dos testes sorológicos logo após o nascimento, quando há suspeita ou confirmação de infec- ção materna durante a gestação, ou no momento da suspeita diagnósti- ca, nas crianças menores de 1 ano. D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS

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