DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 353 Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita CID 10: B06 e CID 10: P35.0 59 A SPECTOS C LÍNICOS E E PIDEMIOLÓGICOS Descrição - Doença exantemática viral aguda, caracterizada por febre baixa e exantema maculopapular, que se inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para tronco e membros. Este exantema é, pre- cedido, em 5 a 10 dias, por linfadenopatia generalizada, principalmente sub-ocipital, pós-auricular e cervical posterior. Adolescentes e adultos podem apresentar poliartralgia, poliartrite, conjuntivite, coriza e tosse. Cerca de 25 a 50% das infecções pelo vírus da Rubéola são subclíni- cas, ou seja, não apresentam sinais e sintomas clínicos característicos da doença. Tem curso benigno e toda sua importância epidemiológica está relacionada à Síndrome da Rubéola Congênita (vide capítulo espe- cífico), quando a doença ocorre nos cinco primeiros meses da gestação que pode resultar em aborto,natimorto, malformações congênitas (car- diopatias, surdez, catarata). Agente etiológico - Vírus RNA, gênero Rubivirus , família Togavi- ridae. Reservatório - O homem. Modo de transmissão - Direto, pelo contato com secreções nasofa- ríngeas de pessoas infectadas. Período de incubação - De 14 a 21 dias, com duração média de 17 dias, podendo variar de 12 a 23 dias. Período de transmissibilidade - De 5 a 7 dias antes do início do exantema e de 5 a 7 dias após. Diagnóstico - Clínico, laboratorial e epidemiológico. O teste mais utilizado é o ensaioimunoenzimático (ELISA) para detecção de anti- corpos específicos IgM e IgG e/ou pela identificação do vírus a partir de secreção nasofaríngea e urina, até o 7º dia do início do exantema. A coleta de sangue deve ser feita logo no primeiro contato com caso suspeito. Aquelas coletadas após 28 dias são consideradas tardias, mas, mesmo assim, devem ser aproveitadas e encaminhadas ao laboratório de referência estadual para a realização da pesquisa de IgM. É impor- tante ressaltar que resultados não-reagentes para IgM não descartam a possibilidade de infecção recente pelo vírus da Rubéola. Não está indicada, na rotina do pré-natal, a realização de pesquisa sorológica para Rubéola em gestantes que não apresentam sintomas da doença.

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