DOENÇAS INFECIOSAS E PARASITÁRIAS – GUIA DE BOLSO

Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 340 dissociação proteino-citológica (aumento acentuado de proteínas) e, nas meningites, aumento do número de células, com alterações bioquímicas. A eletroneuromiografia pode contribuir para descartar a hipótese diagnóstica de Poliomielite. t $SJUÏSJPT QBSB B DPMFUB EF BNPTUSBT EF DPOUBUPT - Quando o caso sob investigação apresentar clínica compatível com Poliomielite, e houver suspeita de reintrodução da circulação do poliovírus selvagem. - Contato de casos em que haja isolamento do vírus derivado vaci- nal. Observar que os contatos não são necessariamente intradomiciliares, embora, quando presentes, devam ser priorizados para a coleta de amostras de fezes. Os contatos não devem ter recebido a vacina oral contra pólio (VOP) nos últimos 30 dias. Observação : Toda e qualquer coleta de amostra de contatos deverá ser discutida previamente com o nível nacional. Diagnóstico diferencial - Polineurite pós-infecciosa e outras infec- ções que causam paralisia: síndrome de Guillain-Barré, mielite trans- versa, meningite viral, meningoencefalite e infecções por outros entero- vírus (ECHO 71, e Coxsackie, especialmente do grupo A, tipo 7). Tratamento - Não há tratamento específico, mas todos os casos com manifestações clínicas devem ser internados para tratamento de supor- te. Características epidemiológicas - Esta doença foi de alta inci- dência no Brasil e em outros países das Américas, deixando centenas de indivíduos com sequelas paralíticas. Em 1989, registrou-se o últi- mo caso no país, após um período de realização de grandes campa- nhas vacinais e intensificação das ações de vigilância epidemiológica. Em 1994, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) certificou a erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem foi considerado erradicado no Brasil e nas Américas. Atualmente, o po- liovírus selvagem continua circulando de forma endêmica ou como casos esporádicos ou com propagação de surtos, em 18 países distri- buídos no continente africano e sudeste asiático, sendo considerados endêmicos e com maior concentração de casos: Índia, Nigéria, Pa- quistão e Afeganistão, o que impõe a manutenção de uma vigilância ativa para impedir a reintrodução e recirculação do agente nas áreas erradicadas. D OENÇAS I NFECCIOSAS E P ARASITÁRIAS

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